O Brasil registrou superávit em transações correntes de US$ 329 milhões (R$ 1,27 bilhão) em outubro, revertendo desempenho negativo observado no mesmo período do ano passado, num período marcado pela força da balança comercial, divulgou o Banco Central nesta terça-feira (27).
Mesmo assim, o dado veio pior que a expectativa de superávit de US$ 1 bilhão (R$ 3,86 bilhões), conforme pesquisa da Reuters. Em outubro de 2017, as transações registraram déficit de US$ 686 milhões (R$ 2,64 bilhões).
No mês, os investimentos diretos no país somaram US$ 10,382 bilhões (R$ 40 bilhões), informou o BC, acima da projeção de analistas de US$ 8,5 bilhões (R$ 32,8 bilhões).
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o déficit das transações correntes é de 11,333 bilhões de dólares, bem acima do rombo de US$ 1,419 bilhão de igual período do ano passado.
Em 12 meses, o saldo negativo soma US$ 15,4 bilhões (R$ 59,4 bilhões), correspondente a 0,80% do PIB (Produto Interno Bruto).
O BC piorou sua projeção para o ano a um déficit de US$ 14,3 bilhões (R$ 55,1 bilhões), sobre US$ 11,5 bilhões (R$ 44,3 bilhões) antes, principalmente por um cálculo mais modesto para a balança comercial em meio à recuperação da economia, quadro que vem fazendo as importações cresceram mais que as exportações.
Em outubro, contudo, a balança demonstrou vigor, ficando positiva em US$ 5,44 bilhões (R$ 20,9 bilhões), alta de 10,9% sobre um ano antes.
O Brasil tem se beneficiado da guerra comercial entre Estados Unidos e China, conseguindo, por exemplo, aumentar suas exportações de soja para o gigante asiático.
Ao mesmo tempo, os gastos líquido de brasileiros no exterior ficaram praticamente estáveis a US$ 1,14 bilhão (R$ 4,40 bilhões), sobre US$ 1,17 bilhão (R$ 4,51 bilhões) em outubro do ano passado.
Já as remessas de lucros e dividendos para fora recuaram 36,2% na mesma base de comparação, a US$ 1,16 bilhão (R$ 4,47 bilhões) .
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