A resolução do dieselgate custará à Volkswagen € 5,5 bilhões em 2018 e mais € 2 bilhões em 2019, disse o vice-presidente financeiro da empresa, Frank Witter, ao jornal alemão Boersen-Zeitung.
A empresa foi pega trapaceando nos testes de emissão de poluentes dos seus motores diesel, em 2015, e, desde então já pagou mais de € 27 bilhões em ações judiciais abertas por investidores e consumidores, bem como multas e medidas regulatórias ligadas à resolução da emissão de níveis excessivos de gases tóxicos pelos seus motores.
Em 2020, segundo Witter, a Volkswagen ainda arcará com cerca € 1 bilhão relacionados à fraude.
DIESELGATE
Montadoras admitem e são acusadas de fraudar sistema que mede a emissão de poluentes e a economia de combustível
ADMITIRAM AS FRAUDES
- Volkswagen
Em 2015, montadora admitiu ter manipulado os resultados de testes com veículos à diesel, fingindo que estes respeitavam os padrões americanos para a emissão de poluentes. Até agora, oito líderes e ex-funcionários foram acusados. Empresa já concordou em pagar mais de US$ 25 bilhões em ações por conta do escândalo.
Número de automóveis: 11 milhões, segundo a própria empresa
Modelos afetados: Amarok, Golf Blue Motion, Jetta TDI, Passat TDI, Volkswagen Beetle, SUV Touareg 2014-2016
Outras marcas do grupo afetadas: Porsche (modelo Cayenne Diesel) e Audi (A1, A3, A4 e A6, o esportivo TT e os Q3 e Q5), que teve seu presidente preso
- Mitsubishi
Em abril de 2016, empresa admitiu que manipulava os testes de economia de combustível (gasolina) desde 1991
Número de automóveis: 625 mil veículos
Modelos afetados: versões do Mitsubishi eK
- Nissan
Montadora admitiu no início de junho que mediu indevidamente as emissões de escapamento e a economia de combustível. É a segunda vez que a empresa se envolve no dieselgate, em 2017, a montadora admitiu que durante décadas, inspetores não certificados assinaram as verificações finais dos carros vendidos no Japão. Na época, a montadora suspendeu a produção doméstica
Número de automóveis: 1,2 milhão em 2017
Modelos afetados: Entre os carros envolvidos estão o compacto Note e o utilitário esportivo Juke
- Suzuki
A montadora confirmou em 2016 que mediu os níveis de emissão e consumo dos veículos vendidos no Japão com um método não homologado, mas negou ter manipulado os resultados
Número de automóveis: 2.100
Modelos afetados: 16 modelos vendidos exclusivamente no Japão
ACUSADAS DE FRAUDAR
- Opel (ex-subsidiária da GM, hoje do grupo PSA)
A montadora é alvo de investigação na Alemanha sob suspeita de manipular motores a diesel para registrar emissões mais baixas em testes de poluição
Número de automóveis: 60 mil
Modelos afetados: Cascada, Insignia e Zafira
- GM
Nos Estados Unidos, a empresa enfrenta processo movido, em 2017, por 705 mil donos de picapes supostamente equipadas com dispositivos ilegais a fim de burlar os testes de emissões. A empresa nega as acusações
Modelos supostamente afetados: Chevrolet Silverado Duramax e GMC Sierra Duramax, todas a diesel
- Fiat Chrysler
A montadora foi acusada pelas autoridades em 2017 dos EUA de ter manipulado motores de 104 mil veículos movidos a diesel para minimizar o nível real de emissão de poluentes, usando uma estratégia similar à da Volkswagen
Modelos afetados: Jeep Grand Cherokee e picapes Dodge Ram 1500
- Mercedes-Benz
Em junho deste ano, o Ministério dos Transportes da Alemanha ordenou a retirada de 238 mil carros a diesel, por causa de software que mascara o volume de emissão de poluentes. A empresa confirmou o recall e se comprometeu a retirar o software
Número de automóveis: 774 mil veículos na Europa
Modelos afetados: Van Vito, da Mercedes-Benz, Mercedes C-Class, e os utilitários (SUV) da linha GLC
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