O complexo da Vale onde está a barragem que se rompeu, em Brumadinho, responde por 7% da produção de minério de ferro da companhia. Os dados estão no relatório de produção do terceiro trimestre, informação mais recente divulgada.
O minério de ferro é o principal produto da Vale, com 104,95 milhões de toneladas produzidas no terceiro trimestre do ano passado. A produção havia crescido 10% em um ano e atingido recorde.
Já o complexo Paraopeba, onde está a barragem da Mina do Feijão, produziu 7,3 milhões de toneladas entre julho e setembro de 2018, o que equivale a 7% da produção total.
No terceiro trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 6,5 bilhões e gerou receita de R$ 37,9 bilhões. O Ebita (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 17,4 bilhões, sendo que a operação de minério respondeu por R$ 15,7 bilhões.
Além de minério de ferro, a Vale produz pelotas de ferro, minério de manganês, carvão, níquel, cobre, cobalto e ouro.
A barragem que se rompeu é a 1. Ela foi construída em 1976 e não recebia mais rejeitos desde 2015, porque o processo de beneficiamento do minério passou a ser feito a seco. A Vale diz que a barragem tinha volume de 12,7 milhões de metros cúbicos.
Autoridades da região chegaram a dizer que as três barragens da região haviam se rompido. A Vale confirma apenas que a Barragem 1 se rompeu e houve transbordamento.
Segundo dados da companhia, há ainda a Barragem 6, construída em 1998, e é usada "para recirculação de água da planta e contenção de rejeitos em eventos de emergência", diz a companhia no site. "Atualmente tem cerca de um milhão de m³", diz.
Já Barragem Menezes 2, ainda na Mina Córrego do Feijão, tem um volume de aproximadamente 290 mil m³ e é utilizada para a contenção de sedimentos e clarificação do efluente final.
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