Trump indicará nome do Tesouro como candidato ao comando do Banco Mundial, diz agência

Se aprovado, David Malpass substituirá o médico e ex-reitor universitário Jim Yong Kim

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Washington | Reuters

O governo dos Estados Unidos noticiou os membros do Banco Mundial que o presidente Donald Trump pretende escolher David Malpass, autoridade de alto escalão do Departamento do Tesouro, como candidato ao comando do banco, disseram pessoas a par da decisão à agência Reuters na segunda-feira (4).

Com a indicação de Malpass, Trump encaminharia um servidor leal e um cético das instituições multilaterais à presidência do Banco Mundial, que destinou quase US$ 64 bilhões (R$ 235 bilhões) a nações em desenvolvimento no período anual encerrado em 30 de junho de 2018.

O site Politico, o primeiro a noticiar a decisão de Trump, disse que a escolha será anunciada na quarta-feira (6), citando funcionários de governo não identificados.

Porta-vozes da Casa Branca e do Tesouro dos EUA não quiseram comentar.

David Malpass, autoridade de alto escalão do Departamento do Tesouro
David Malpass, autoridade de alto escalão do Departamento do Tesouro - Agustin Marcarian/Reuters

Uma fonte diplomática disse que o governo Trump notificou várias capitais europeias sobre a indicação de Malpass, acrescentando que os membros europeus do banco dificilmente a vetarão.

Mesmo assim, Malpass, ou qualquer outro indicado dos EUA, precisaria da aprovação do comitê executivo de 12 integrantes do Banco Mundial. Embora Washington predomine por deter 16 por cento dos votos do comitê e tradicionalmente escolher o líder da entidade, desafiantes podem emergir.

Se aprovado, Malpass, que na posição de subsecretário de Relações Exteriores é o diplomata mais graduado do Tesouro, substituirá o médico e ex-reitor universitário Jim Yong Kim.

Kim, indicado pela primeira vez pelo ex-presidente americano Barack Obama em 2012, renunciou em 10 de fevereiro para assumir um cargo no fundo de private equity Global Infrastructure Partners mais de três anos antes do final de seu mandato devido a diferenças com a gestão Trump a respeito da mudança climática e de recursos para o desenvolvimento.

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente de versão anterior deste texto, o ex-presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim é médico, e não físico.

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