Aeroportos de Curitiba, Manaus e Goiânia serão próximo alvo de leilão

Governo ainda estuda o que fazer com Infraero após todos os leilões, que deverão ocorrer até 2022

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São Paulo

O governo federal, que nesta sexta-feira (15) promove o leilão de 12 aeroportos regionais, vai anunciar a próxima rodada de desestatizações no setor aéreo na próxima semana, segundo o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. 

A expectativa é que todos sejam concedidos à iniciativa privada até 2022. A previsão foi postergada --em janeiro, o órgão ainda dizia que os leilões seriam concluídos até 2021. 

"São 22 aeroportos que começam a ser estudados a partir de segunda-feira, com leilão previsto para setembro de 2020. Após a sexta rodada teremos a sétima e derradeira rodada, com mais cerca de 20 aeroportos, que vamos fazer leilão no primeiro trimestre de 2022", afirmou Ronei Glanzmann, secretário nacional da SAC (Aviação Civil). 

Na segunda-feira (18), será lançado o chamamento para os estudos de viabilidade de mais três blocos de aeroportos, localizados nas regiões Sul, Norte e central. 

Entre eles, o lote mais atrativo deverá ser o bloco Sul, liderado pelo aeroporto de Curitiba e Foz do Iguaçu, afirma Glanzmann. 

O aeroporto internacional do Recife foi eleito, junto com o de Salvador, com o melhor aeroporto do Nordeste, segundo pesquisa do Datafolha
O aeroporto internacional do Recife, que faz parte de leilão desta sexta-feira - Infraero/Divulgação

"São três blocos bastante atrativos. A tendência é que o bloco do Sul seja o mais atrativo deles porque tem Curitiba como âncora, mas todos os demais também tendem a ter bastante atratividade", afirmou. 

O segundo lote incluirá aeroportos da região Amazônica, e o principal deles será Manaus. O terceiro bloco será liderado pelo aeroporto de Goiânia e incluirá Teresina, São Luiz, Palmas, Petrolina e Imperatriz. 

A sétima rodada, que será lançada em seguida, deverá ter também três blocos regionais: o Rio-Minas, com os aeroportos de Santos Dumont e Pampulha; o bloco liderado por Congonhas, que também incluirá o Campo de Marte, Campo Grande e outros ativos no Mato Grosso do Sul; e, por fim, o bloco do aeroporto de Belém. 

Ao final das próximas rodadas, a Infraero deixará de ser uma operadora de aeroportos, diz Galnzmann.

"O governo durante esse período de três ou quatro anos está estudando qual vai ser o destino dessa empresa. Existem diversas possibilidades. Mas a palavra que nós usamos para Infraero é de responsabilidade e de transparência para questão dos funcionários", afirmou o secretário.

As concessões realizada agora durante o governo do presidente Jair Bolsonaro são parte de uma herança deixada pelo  presidente Michel Temer, que anunciou em novembro os editais das últimas concessões de sua gestão. Além do leilão de 12 aeroportos, quatro terminais portuários e um trecho da Ferrovia Norte-Sul foram previstos para o primeiro trimestre de 2019.

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