O setor público consolidado brasileiro teve déficit primário (sem contar o pagamento de juros) de R$ 14,931 bilhões em fevereiro, melhor dado para o mês desde 2015, ajudado pela performance positiva de estados e municípios no período.
Em fevereiro de 2018, o rombo havia sido de R$ 17,414 bilhões, enquanto em 2015 fora de R$ 2,3 bilhões.
Principal responsável pelo déficit, o governo central (governo federal, BC e Previdência) ficou no vermelho em R$ 20,612 bilhões em fevereiro, numa piora sobre o déficit de R$ 19,005 bilhões ocorrido um ano antes.
Enquanto isso, estados e municípios apresentaram um superávit primário de R$ 4,850 bilhões, mais que o dobro do registrado em fevereiro de 2018, de R$ 2,030 bilhões.
As empresas estatais, por sua vez, tiveram um superávit de R$ 832 milhões no período, ante um déficit de R$ 438 milhões no mesmo mês de 2018.
No primeiro bimestre, o desempenho do setor público consolidado melhorou, com um superávit de R$ 31,967 bilhões, ante R$ 29,527 bilhões em igual período de 2018.
Em 12 meses, o déficit primário alcançou R$ 105,818 bilhões, o equivalente a 1,54% do PIB (Produto Interno Bruto).
Para o ano, a meta é um rombo primário de R$ 132 bilhões, sexto resultado consecutivo no vermelho.
Em fevereiro, a dívida pública bruta teve ligeira alta, para 77,4% do PIB, ante 77,3% em janeiro.
Já a dívida líquida permaneceu no mesmo patamar de 54,4% do PIB, informou o BC.
Na quinta-feira (28), o Tesouro havia divulgado que as contas públicas do governo federal registraram um rombo de R$ 18,3 bilhões em fevereiro. Esse foi o quarto pior resultado da série histórica, pois o déficit foi maior no mesmo mês do ano passado, de 2017 e de 2016.
O dado reúne os resultados do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social. A metodologia é diferente da utilizada pelo BC ao calcular os números do governo central, daí a divergência de valores.
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