Magazine Luiza se valoriza mais de 1.000% desde abertura de capital

Nesta segunda, empresa anunciou compra da Netshoes por R$ 244 milhões

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São Paulo

As ações da Magazine Luiza atingiram valorização de 1.000% desde a abertura de capital da companhia, em 2011. A empresa tem valor de mercado de R$ 36 bilhões.

No IPO (oferta pública inicial de ações), cada papel da companhia foi vendido a R$ 16 e, nesta terça-feira, as ações encerraram a R$ 191,26, máxima histórica da companhia.

A valorização é de 1.095%, bem mais expressiva que os 45,7% do Ibovespa, o principal índice acionário do país. A marca de 1.000% havia sido alcançada pela primeira vez na sexta-feira (26).

Apenas nesta terça-feira (30), a alta das ações foi de mais de 6%, reflexo da compra da Netshoes, anunciada na véspera, por R$ 244 milhões. A aquisição depende de aprovação de acionistas e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A varejista é considerada por investidores um modelo de transformação digital em uma companhia tradicional.

Em relatório divulgado no final de março, o BTG Pactual afirmou que a companhia expandiu o seu ecommerce sem grandes investimentos logísticos e promoveu grande integração das lojas físicas com a plataforma online. 

O banco manteve sua recomendação de compra de ações da empresa, apesar da valorização expressiva acumulada. No relatório, o banco diz ter uma visão otimista para a empresa, por acreditar na grande expansão do ecommerce no Brasil que, por ser um mercado mais consolidado, poucas companhias vão conseguir se estabelecer.

Na divulgação de resultados do primeiro trimestre deste ano, a Magazine Luiza afirmou que a transição para o digital estava concluída e que a companhia estava pronta para atuar na venda de outros produtos e serviços, incluindo calçados e vestuário. Esse é o segmento em que atua a Netshoes.

Segundo a corretora Guide, a aquisição ajudaria na “entrada no segmento vestuário, onde a Netshoes já tem uma base de clientes de 6 milhões de pessoas, e deve se somar aos 17 milhões de clientes (considerando físico e digital) da Magazine Luiza”.

Apesar da alta expressiva, neste começo de 2019 o segmento varejo tem apresentado desempenho inferior ao Ibovespa neste começo de ano, reflexo da piora nas perspectivas para a economia brasileira.

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