BTG também quer ser o sexto maior banco de varejo do país

Banco Inter já tinha manifestado plano de crescimento que envolve ultrapassar o Banrisul

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São Paulo

O BTG Pactual afirma que pretende ser o sexto maior banco de varejo do país após criar uma unidade de varejo digital. Não foi fixado, porém, um prazo para isso ocorrer.

A sexta posição em número de clientes é atualmente ocupada pelo Banrisul, com 2,7 milhões de clientes. O Banco Inter, que tem atualmente 2,2 milhões de correntistas, já afirmou pretender ocupar o posto até o final deste ano.

Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual
Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual - Zanone Fraissat/Folhapress

O BTG atua principalmente na gestão de grandes fortunas, mas anunciou nesta terça-feira (28) a criação da nova unidade pela qual agregará serviços que já são prestados pelo banco ou por empresas na qual tem participação.

A unidade juntará a plataforma de investimentos (o BTG Pactual Digital), uma operação em fase de testes de atendimento a pequenas e médias empresas, operações do banco Pan e de seguradoras das quais o BTG tem participação. Os serviços ficarão em um único canal. Além disso, ficam nesta unidade de negócios a aceleradora de startups e uma empresa de gestão de dados.

Amos Genish, que foi presidente da Vivo e da TIM, comandará a operação.

Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual, afirma que as negociações para trazer Genish ao banco começaram há apenas seis semanas. Isso explica porque o projeto está em fase inicial.

Clientes que investem pelo BTG Pactual já têm uma conta-corrente tradicional aberta, porque a instituição é um banco e não uma corretora. 

O banco não revela o número de clientes, mas Marcelo Flora, executivo que comanda o BTG Pactual Digital, afirma que o número dobrou nos últimos três a quatro meses.

A partir de agora, o BTG passará a liberar as funcionalidades que estavam bloqueadas por questões regulatórias, diz Flora. A primeira liberação deve ser a transferência de recursos da conta para outras pessoas –e não apenas para contas do próprio investidor. A função seguinte deve ser o pagamento de contas.

“A gente não consegue se comprometer com datas específicas”, afirma o executivo.

Para Genish, porém, é possível colocar um banco completo em operação em um prazo de um ano.
Os executivos afirmaram que haverá uma marca própria para o banco, que será desenvolvida nos próximos meses. 

Genish disse ainda que um banco digital tem custo operacional 80% inferior ao modelo tradicional, que depende de agência e tem uma estrutura tecnológica mais antiga.

Ele destacou ainda a alta concentração bancária e as oportunidades que o BTG tem para entrar nesse mercado com um baixo volume de investimentos.

Ao anunciar a criação da unidade de varejo digital, o BTG afirmou ainda ter um plano de vender ações do banco em uma oferta secundária (que não envolve aumento de capital, o dinheiro vai para o acionista que vendeu o papel). O objetivo principal seria aumentar a liquidez dos papéis no mercado e levar o banco ao nível 2 de governança da B3.

Segundo Sallouti, a emissão atende a um pedido de investidores.

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