O banco BTG Pactual anunciou nesta terça-feira (28) que terá uma unidade de varejo digital, agregando serviços financeiros que já eram oferecidos pelo próprio BTG e outras instituições das quais é sócio.
Em fato relevante divulgado ao mercado, o BTG informou ainda que a unidade será comandada por Amos Genish, que foi presidente da Vivo e da TIM. Ele passa a ser sócio do BTG Pactual.
Os serviços bancários de conta-corrente serão oferecidos via BTG Pactual Digital, a plataforma aberta de investimentos que tem disputado mercado com XP e outras corretoras.
Haverá ainda serviços para micro e pequenas empresas, crédito de financiamento ao consumo (via Banco Pan) e seguros.
O banco destacou ainda os investimentos e uso de dados e da aceleradora de startups, a boostLAB, que deve ajudar o banco a incorporar novos serviços.
O fato relevante inclui ainda outras movimentações.
O BTG informou que pretende vender R$ 2 bilhões em units (grupos de ações negociadas em Bolsa) por meio de uma oferta secundária de ações.
A medida, que o banco afirma estar condicionada às condições de mercado, serviriam para aumentar as ações em circulação (free float, no jargão do mercado).
O banco pretende, ainda de acordo com o fato relevante, que seus papéis sejam negociados no Nível 2 da B3, que indica maior cumprimento a boas práticas de governança corporativa (o nível mais elevado é o Novo Mercado).
Para isso, porém, precisa que pelo menos 21% do capital social em units estejam circulando no mercado, o que não ocorre atualmente.
Por fim, o banco informou ainda o plano de transferência de capital social da EGF International (um private banking controlado pelo BTG com ações negociadas na Suíça) para a holding do BTG.
Essa operação depende da aprovação de órgãos reguladores, o que está sob análise.
Com a transferência, o banco disse esperar que os resultados do banco poderão ser mais bem avaliados.
Haverá ainda folga no capital exigido pelos reguladores, o que abriria espaço para novos investimentos na América Latina.
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