Com atos pró-reforma, Bolsa sobe 1,3%

Apoio de manifestantes à reforma da Previdência colabora para otimismo do mercado

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São Paulo

Os atos de domingo (26) em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) impulsionaram o otimismo do mercado financeiro nesta segunda-feira (27). Além do presidente, manifestantes saíram em defesa dos ministros Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e, inclusive, da reforma da Previdência. O suporte de um projeto tido como impopular pode facilitar a aprovação no Congresso.

Com as Bolsas americanas e do Reino Unido fechadas por conta de feriado, o Ibovespa refletiu o cenário doméstico positivo, subiu 1,32% e beirou os 95 mil pontos. 

Trader analisa gráficos na Bolsa de Nova York
Apoio de manifestantes à reforma da Previdência impulsiona otimismo do mercado financeiro - Xinhua/Wang Ying

“Os atos foram bons para o governo Bolsonaro por serem grande o suficiente para não serem considerados fracos, mas sem serem duros demais para não serem considerados provocação ao Congresso”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Necton.

Já o dólar teve 0,47% de alta, cotado a R$ 4,0360. No pregão anterior, a moeda era cotada a R$ 4,0170. 

“Pelos mercados americanos estarem fechados, a alta do dólar é mais um reflexo da semana passada do que do dia de hoje”, diz Daniela Casabona, sócia-diretora da FB Wealth.

Sem os americanos, o giro financeiro da Bolsa brasileira foi de apenas R$ 8,524 pontos, metade da média diária para o ano. O Ibovespa, maior índice acionário do país, encerrou aos 94.864 pontos.

A maior baixa do dia ficou por conta da Cielo, que recuou 4,35%, a R$ 7,25. A companhia informou aos acionistas na sexta (24) que optou por descontinuar a projeção de lucro para o ano. Além disso, a empresa diminuiu a distribuição de dividendos de 100% a 70% para 30% do lucro. Em janeiro, a Cielo previu lucro de R$ 2,3 bilhões a R$ 2,6 bilhões para 2019. 

 "Tais decisões refletem o ambiente competitivo no qual a Cielo está inserida e que tem se tornado mais acirrado ao longo dos últimos meses em face de ações anunciadas e implementadas por outras companhias do setor", afirmou a companhia em fato relevante.

Na outra ponta, as ações da Vale tiveram alta expressiva, mesmo com o risco de rompimento da barragem de Barão de Cocais. Os papéis da mineradora subiram 3,87% nesta segunda, a R$ 50,18, com a alta de 1,86% do minério de ferro na China.

No exterior, o viés foi positivo para as Bolsas europeias após eleições para o parlamento da União Europeia. Apesar do avanço da ultradieita, a maioria continua pró-bloco e deve dar continuidade à política econômica. A Bolsa de Paris e a Bolsa de Frankfurt subiram 0,37% e 0,5%, respectivamente.

A proposta da Fiat Chrysler de fusão com a Renault também animou os mercados e os papéis das companhias disparam nas bolsas europeias. A Fiat subiu 8% na Bolsa italiana, a € 12,37. A Renault teve alta de 12% na Bolsa francesa, a € 56,03.

Na Ásia, o viés foi misto. Tóquio fechou em alta de 0,3%. Hong Kong recuou 0,24% e o índice CSI 300, que reúne as Bolsas de Shangai e Shenzhen, subiu 1,2%. ​

Nesta quinta (30), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o PIB do Brasil no primeiro trimestre. A projeção é de retração. Com dados econômicos ruins, o mercado financeiro espera cortes na taxa Selic, o que contribui para a alta da Bolsa.

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