AB InBev vende subsidiária da Austrália e retoma plano de abrir capital na Ásia

Maior cervejaria do mundo está vendendo suas operações para a japonesa Asahi por US$ 11 bilhões

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Bruxelas e Londres | Reuters

A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, está vendendo suas operações australianas para a japonesa Asahi por US$ 11 bilhões e pode reviver a oferta inicial de ações de seus negócios asiáticos para cortar dívidas.

A cervejaria da Bélgica, pressionada pela dívida após a aquisição da concorrente SABMiller em 2016, disse nesta sexta-feira que concordou em vender a subsidiária australiana Carlton & United Breweries (CUB) a um valor de US$ 11,3 bilhões.

A transação acontece apenas uma semana depois que a AB InBev cancelou uma oferta pública inicial (IPO) para vender uma participação de 15% em suas operações na Ásia, incluindo a Austrália, citando fatores que incluem condições de mercado desfavoráveis.

 Garrafas na esteira de recozimento e limpeza, na fábrica de vidro da AMBEV
Garrafas na esteira de recozimento e limpeza, na fábrica de vidro da AMBEV, controlada pela AB Inbev - Rogério Assis/Folhapress

O que teria sido a maior listagem do mundo neste ano, levantando até US$ 9,8 bilhões para a AB InBev, acabou sendo a terceira maior a ser cancelada. Fontes próximas ao assunto disseram que os investidores se sentiram insatisfeitos com o preço.

A AB InBev disse nesta sexta-feira (19) que ainda acredita na lógica de oferecer uma fatia minoritária da empresa asiática Budweiser APAC, agora excluindo a Austrália, desde que possa ser concluída no "preço correto".

Sem a Austrália, um mercado grande, mas maduro, as operações da Ásia-Pacífico da AB InBev seriam mais direcionadas para mercados de crescimento mais rápido, como a China, onde a AB InBev vende mais Budweiser do que nos Estados Unidos.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.