A BRF informou em fato relevante nesta quinta-feira (11) que decidiu junto a Marfrig interromper as discussões sobre uma combinação dos negócios.
O acordo entre as duas, que criaria a quarta maior empresa de carnes do mundo, vinha sendo negociado desde o final de maio.
A empresa que surgiria da combinação delas poderia alcançar cerca de R$ 80 bilhões de receitas e um ebitda (medida de geração de caixa) de R$ 7 bilhões.
No comunicado, a BRF diz que as duas companhias não chegaram a um acordo sobre como se daria a governança da companhia formada após a fusão.
Uma pessoa próxima ao caso apontou que as duas companhias possuem estrutura societária muito diferente, o que dificultou o acordo.
Enquanto a BRF, resultado da união das empresas Sadia e Perdigão, tem seu controle disperso entre investidores, a Marfrig é controlada por Marcos molina, seu fundador e presidente, que, caso se concretizasse a fusão, se tornaria o principal acionista individual da nova empresa.
Ao lado de Molina, o BNDES possui quase 34% das ações da Marfrig e é seu segundo maior acionista.
Na BRF, os sócios mais relevantes são os fundos de pensão Petros (da Petrobras), e Previ (Banco do Brasil). Também são acionistas o fundo Tarpon e o empresário Abilio Diniz.
A BRF disse que será mantida a relação comercial que já possui com a Marfrig sem qualquer alteração.
A administração da Companhia disse no fato relevante reforçar o seu comprometimento em implementar as diretrizes do Plano Estratégico e continuar avaliando oportunidades de negócios que possam gerar valor para seus acionistas.
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