O mercado fez leves ajustes a suas perspectivas para o Brasil na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (15), reduzindo pela 20ª vez seguida a perspectiva para o crescimento econômico.
Para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2019, a estimativa de crescimento passou a 0,81%, de 0,82% no levantamento anterior. Para 2020 a conta também foi reduzida, em 0,1 ponto percentual, a uma expansão de 2,10%.
O movimento ocorre na esteira do corte apresentado pelo governo para a projeção de crescimento da economia este ano a 0,81%, sobre 1,6% anteriormente, chamando atenção para a lentidão da economia em função de choques e com os investimentos em compasso de espera pela reforma da Previdência.
O levantamento semanal apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA este ano é de 3,82%, ante 3,80% antes. Para 2020 a conta caiu em 0,01 ponto, a 3,90%.
O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que as perspectivas para a taxa básica de juros permanecem em 5,5% ao final de 2019 e 6% em 2020. Atualmente a Selic está no piso histórico de 6,5%.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a Selic a 5,5% este ano, mas elevou a estimativa em 2020 a 6,25%, de 6%.
ATIVIDADE ECONÔMICA
Também nesta segunda-feira, o Banco Central divulgou o desempenho das atividades econômicas em maio.
Após quatro quedas consecutivas, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) apresentou a primeira alta no ano.
Na relação entre os meses de maio e abril, o indicador apresentou avanço de 0,54%. Já na comparação entre os meses de maio deste ano e o de 2018, a alta chegou a 4,40% –turbinada pela baixa base de comparação do ano anterior, quando a atividade caiu devido à paralisação dos caminhoneiros.
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