Alívio chinês leva Bolsa a retomar os 104 mil pontos

Dólar recua 1,2%, a R$ 3,93

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São Paulo

O mercado financeiro teve mais um dia de alívio em meio à guerra comercial nesta quinta-feira (8). A China depreciou sua moeda menos do que o mercado esperava, o que aliviou temores de uma guerra cambial. Outro dado favorável foi a expansão de 3,3% das exportações chinesas em julho, bem acima das expectativas do mercado. 

As surpresas positivas levaram as principais Bolsas globais a fecharem em fortes altas. O Ibovespa acompanhou e teve alta de 1,3%, recuperando os 104 mil pontos, maior patamar desde 24 de julho. O dólar cedeu 1,25%, a R$ 3,927. 

Gráfico das recentes flutuações dos índices de mercado no pregão da Bolsa de Valores de Sao Paulo
Mercados têm mais um dia de recuperação após tombos com guerra comercial - Folhapress

Nesta quinta, uma semana após a intensificação da disputa comercial entre Estados Unidos e China, o banco central chinês definiu o ponto médio de sua moeda, em torno do qual ela pode ser negociada, em 7,0039 yuans por dólar. O mercado previa 7,0445 yuans por dólar.

Com um patamar menor do que o esperado, a moeda chinesa ganhou força frente ao dólar. A moeda americana foi a 7,0452 yuans, queda de 0,2% em relação à véspera.

As exportações da China cresceram 3,3% em julho, ritmo mais forte desde março, apesar da pressão comercial dos Estados Unidos. Analistas ouvidos pela Bloomberg esperavam, em média, queda de 1% após o recuo de 1,3% em junho.

Já as importações permaneceram fracas e recuaram 5,6%. A queda foi menor do que a projeção de 9% e o recuo de 7,3% de junho.

Enquanto as exportações da China para os EUA continuaram a encolher em julho diante das tarifas, os embarques aumentaram para a Europa, Coreia do Sul, Taiwan e o Sudeste Asiático.

As exportações da China em julho para os EUA caíram 6,5% sobre o ano anterior, enquanto as importações despencaram 19,1%.

​Com o panorama melhor que o esperado, o índice CSI 300, que reúne as Bolsas chinesas de XAngai e Shenzhen, teve alta de 1,32%.

As Bolsas europeias também fecharam no azul. Londres subiu 1,2%, Paris, 2,3% e Frankfurt, 1,68%.

Nos Estados Unidos, Dow Jones subiu 1,4%, S&P 500, 1,9% e Nasdaq, 2,24%.

O dia positivo levou a Bolsa brasileira a subir 1,29%, a 104.110 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20 bilhões, acima da média diária para o ano.

Este é o terceiro pregão positivo seguido do Ibovespa. O índice, inclusive, superou o patamar anterior a piora da guerra comercial. 

O petróleo também se recuperou, com alta de 2,% no preço do barril Brent, que foi a US$ 57,75. 

Já o minério de ferro seguiu em depreciação, com queda de 1,93%, a US$ 94,24.

(Com Reuters)

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