Saiba os cuidados que deve ter na hora de comprar um carro de locadora

Optar por seminovo de locadora por um exige cuidados com o tipo de utilização a qual o automóvel foi submetido

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São Paulo

Há cerca de 900 mil carros de locação rodando Brasil afora. O cálculo é baseado em dados da Abla (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis).

Como essa frota é renovada periodicamente, é comum achar diversos desses veículos à venda. Optar por um exige cuidados com o tipo de utilização a qual o automóvel foi submetido.

As grandes locadoras seguem os planos de revisão propostos pelas montadoras. Mesmo motoristas de aplicativo, que atualmente são os principais clientes dessas empresas, precisam respeitar os prazos e levar o carro à oficina.

O serviço é pago pela empresa de locação, que negocia valores com as redes concessionárias. É feito o básico: troca de fluidos e verificação do estado dos pneus, da suspensão e dos freios.

São realizadas trocas eventuais de componentes, mas Marcos Amorim, proprietário da oficina Amorim Peças e Serviços, explica que intervenções necessárias podem ser negligenciadas.

De acordo com o especialista, carros de locadoras que atendem a empresas costumam ser mais bem cuidados. São veículos usados por funcionários na rotina diária e, por segurança e produtividade, precisam estar em perfeitas condições.

Já veículos que de alto giro, usados, por exemplo, por turistas, encaram situações mais severas e precisam estar prontos para voltar a rodar rapidamente. Amorim explica que algumas empresas fazem acordos de manutenção que não contemplam tudo o que é necessário, negligenciando trocas de componentes mais caros, como amortecedores.

Para diferenciar um veículo bom de outro malcuidado, vale observar o estado geral.

Manchas nos bancos, faróis desalinhados ou com umidade e pneus desgastados ou de marcas diferentes entre os eixos podem ser sinais de que o carro foi usado por diversos motoristas com muitos ocupantes diferentes, sem a preocupação de manter a integridade do bem.

Furos no carpete, partes plásticas desgastadas ou manchas na lataria causadas por adesivos denunciam uso em serviços de manutenção. É o caso de empresas de telefonia e TV a cabo, em que os funcionários transportam cabos e ferramentas no interior do veículo.

É comum encontrar automóveis com alta quilometragem em pouco tempo de uso. Isso ocorre devido à locação para motoristas de aplicativo, que chegam a rodar 400 quilômetros em um turno de trabalho, muitas vezes no trânsito pesado. Essa condição acelera o desgaste do carro.

Nem sempre o combustível usado pelo locatário é de boa procedência, principalmente em veículos alugados esporadicamente. Gasolina e álcool de qualidade ruim deixam sequelas nos carros. Ocorre formação de borra no motor, saturamento de filtros, perda de desempenho e aumento do consumo.

Dificuldade na partida e oscilação da marcha lenta indicam que há problemas no sistema de alimentação.
Se os carros não apresentam manchas no interior, estão com pneus novos e revisões assinaladas no manual, há chance de se fazer um bom negócio.

Como as locadoras adquirem os veículos a preços bem abaixo do praticado no varejo, vale negociar um desconto na compra.

Além dos pontos de venda próprios, é comum encontrar carros de locadoras à venda em concessionárias ou lojas independentes. Para tirar a dúvida sobre a procedência, é necessário checar a documentação antiga do carro, a que era usada antes de o veículo ser transferido para o revendedor.

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