Após 28 anos na Câmara sem aprovar nada, digo que a melhor reforma é a aprovada, afirma Bolsonaro na Fiesp

Presidente disse que Paulo Skaf conseguiu emprego de porta-voz no governo

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São Paulo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que pretende aproveitar o êxito de sua agenda econômica para “buscar ir mais fundo nas reformas”, e que conversa com o ministro Paulo Guedes (Economia) sobre as propostas.

“Discuti com ele sobre as reformas econômicas. Após 28 anos na Câmara sem aprovar nada, eu digo que a melhor reforma é a que será aprovada”, afirmou Bolsonaro.

A declaração foi dada durante almoço em homenagem a ele na sede da Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo), nesta segunda-feira (3), em São Paulo. 

Ele não citou nenhuma reforma específica e nem o que considera prioridade para o governo. Estão no Congresso desde o ano passado três PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que mudam o funcionamento do Estado. O governo promete ainda enviar as reformas administrativa e tributária.

Jair Bolsonaro durante almoço em sua homenagem na Fiesp, em São Paulo - Carolina Antunes/Presidência da República

Bolsonaro falou logo após o presidente da federação, Paulo Skaf. E disse que Skaf “conseguiu um emprego” de porta-voz em seu governo. 

 

Segundo Bolsonaro, Skaf tocou em todos os pontos “que tem feito a diferença no Brasil”. 

Durante seu discurso, o presidente da Fiesp chamou a atenção para os números positivos da economia e destacou o otimismo dos industriais. 

Skaf também afirmou que a Fiesp “nunca se meteu em política partidária”, mas justificou o apoio ao presidente Bolsonaro porque a a “agenda do governo coincide com a agenda da indústria”.

Presidente da entidade desde 2004, Skaf está no centro de uma disputa política dentro da Fiesp. Reportagem da Folha mostrou uma insatisfação de associados com o alinhamento a Bolsonaro e com a militarização da federação. Depois disso, grandes executivos vieram a público relatar insatisfação com o comando da Fiesp.

Após elogiar Skaf, Bolsonaro repetiu que, embora não entenda de economia, como presidente é o técnico dos ministros que entram em campo com o conhecimento. 

“Entreguei nas mãos do Guedes, mas converso quando tem alguma coisa não concordo. Quando ele falou que queria aumentar o imposto da cerveja, apesar de não ser um amante desse esporte, me coloquei contra e ele prontamente atendeu”, disse. 

Bolsonaro também disse que se reuniu no último domingo (2) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. 
“Conversamos sobre reforma administrativa que está para chegar. Ele tem se mostrado mais do que simpático, ele quer ser protagonista nesta questão”, disse o presidente. 

Também estavam presentes no evento os filhos do presidente Bolsonaro o senador Flávio e o deputado Eduardo, os ministros Ricardo Salles e Abraham Weintraub, que comandam as pastas do Meio Ambiente e da Educação, respectivamente, e a secretária especial de Cultura, Regina Duarte. 

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