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Governo vai ampliar voucher para informais de R$ 200 para R$ 300

Segundo secretário de Política Econômica, novas medidas devem ser anunciadas esta semana

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São Paulo

O governo federal irá ampliar o voucher para trabalhadores informais de R$ 200 para R$ 300 por mês, segundo fontes do Ministério da Economia.

Nesta quarta-feira (25), o secretário de Política Econômica do ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que "ajustes finos" serão feitos nas medidas econômicas anunciadas pela equipe do ministro Paulo Guedes na semana passada.

"Inicialmente eram R$ 200 e agora acho que vão aumentar para R$ 300, não tenho certeza", disse o secretário em videoconferência da Necton Investimentos. O novo valor do benefício foi confirmado pela Folha.

A medida faz parte do plano econômico de combate aos impactos econômicos do coronavírus. O benefício vale para a parcela da população que não tem trabalho formal e não recebe recursos de programas como Bolsa Família e BPC (Benefício de Prestação Continuada).

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida.
O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida. - Jefferson Rudy/Agência Senado

Segundo Sachsida, a ampliação do benefício pode ser anunciada ainda esta semana, junto a novas medidas para amenizar os efeitos da paralisação do país na economia.

“Precisamos evitar que um choque transitório se torne um choque permanente”, disse o secretário em videoconferência da Necton Investimentos.

De acordo com Sachsida, as medidas econômicas serão adotadas aos poucos, por terem uma margem pequena para erros, com poucos recursos à disposição.

“Temos pacotes muito diferentes de Europa e EUA, que tem pacotes trilionários. É difícil para nós fazer um grande anúncio porque, se errarmos, não temos outro. Esses países têm como errar porque têm dinheiro para mais, têm uma situação fiscal mais sólida", disse Sachsida.

Devido ao aumento de gastos com o coronavírus, o Brasil não vai cumprir a meta fiscal em 2020, com o aumento do déficit primário. Segundo o secretário, o ano fiscal de 2021 não será comprometido, já que "todas as medidas se encerram em três meses ou ao fim de 2020. Nenhuma passa para 2021”.

“Toda semana fazemos um anúncio pelo grau de incerteza dessa crise, não sabemos a duração exata do coronavírus. Prudência é importante. Se gastarmos tudo agora e [a pandemia] durar quatro meses, o que faremos no quarto mês?”, afirma Sachsida.

O secretário disse ainda que confia no presidente, em meio a críticas de diversos setores ao presidente Jair Bolsonaro pelas declarações em relação à crise.

Na noite de terça (24), Bolsonaro defendeu, em pronunciamento, o fim do isolamento, chamado por ele de confinamento em massa, e a reabertura de escolas e comércio. Se adotadas, as medidas irão na contramão de dezenas de países ao redor do mundo e de recomendações de especialistas.

“Confio na liderança de Guedes e de Bolsonaro. Grandes lideranças vão aparecer nesta crise. Grandes homens surgem nos grandes momentos”, disse o secretário, que também destacou o trabalho de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente.​

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