AstraZeneca compra Alexion por quase R$ 200 bilhões para crescer em imunologia

Aquisição é o maior acordo da companhia britânica, que desenvolve vacina contra a Covid-19

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Frankfurt (Alemanha) | Reuters

A britânica AstraZeneca anunciou a aquisição da farmacêutica americana Alexion Pharmaceuticals por US$ 39 bilhões (R$ 196,83 bilhões), o maior acordo de sua história, para fortalecer sua posição em imunologia e doenças raras.

O acordo foi anunciado na semana em que a AstraZeneca disse estar fazendo mais pesquisas para confirmar se sua vacina contra a Covid-19 poderia ser 90% eficaz, potencialmente atrasando o lançamento, enquanto a vacina da rival Pfizer foi lançada no Reino Unido e aprovada para uso nos Estados Unidos.

Logo da AstraZeneca
A britânica AstraZeneca anunciou a aquisição da farmacêutica americana Alexion Pharmaceuticals por US$ 39 bilhões - Stefan Wermuth / REUTERS

A empresa britânica disse neste sábado (12) que os acionistas da Alexion receberiam US$ 60 (R$ 302,82) em dinheiro e cerca de US$ 115 (R$ 580,40) em ações, sejam ações ordinárias da AstraZeneca negociadas no Reino Unido ou ADRs (recibos de ações, na sigla em inglês) negociados em dólar.

Com base no preço médio do ADR de referência, US$ 54,14 (R$ 273,24), o valor total seria de US$ 175 (R$ 883,22) por ação. As ações da Alexion fecharam por volta de US$ 121 (R$ 610,68) cada na sexta-feira (11).

"É uma tremenda oportunidade para acelerar nosso desenvolvimento em imunologia, entrar em um novo segmento de doenças, um novo segmento de médicos e pacientes que ainda não conseguimos cobrir", disse o presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, em uma coletiva de imprensa.

A empresa britânica disse que os conselhos de ambas as empresas aprovaram o acordo, que está sujeito à autorização dos acionistas e reguladores, e deve ser concluído no terceiro trimestre de 2021.

A AstraZeneca já foi vista como uma líder na corrida para desenvolver a vacina da Covid-19, mas ficou atrás da Pfizer e de sua parceira BioNTech, assim como da Moderna, cujas vacinas mostraram eficácia maior nos últimos estágios dos testes clínicos.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.