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Pix agiliza doações para entidades assistenciais

Organizações incentivam uso do sistema, que permite transferências gratuitas e instantâneas

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São Paulo

Gratuito, instantâneo e cada vez mais acessível, o Pix tem ganhado espaço entre pessoas e organizações sociais, que cada vez mais divulgam o sistema de pagamentos como forma de receber doações.

Segundo Rene Silva dos Santos, 27, fundador do Voz das Comunidades –projeto que ajuda favelas do Rio de Janeiro– a chegada do Pix trouxe mais facilidade para a organização e monitoramento por parte da entidade.

“Agora conseguimos não apenas monitorar as doações em tempo real, como também podemos enxergar melhor quais as estratégias de divulgação estão dando mais certo e engajando mais pessoas. O Pix agilizou a vida de todo mundo”, afirmou Santos.

Uso do Pix para fazer e receber doações aumenta
Uso do Pix para fazer e receber doações aumenta - Pixabay

Os pedidos de ajuda na internet são muitos e os relatos são os mais variados. São várias entidades que angariam recursos ou doações para dar auxílio a pessoas carentes das periferias ou moradores de rua, organizações que cuidam de animais abandonados e buscam recursos para dar continuidade às suas atividades e até pessoas que, diante da dificuldade trazida pela pandemia do coronavírus, buscam ajuda de terceiros para comprar materiais escolares ou fazer compras de mercado.

Para Santos, além das facilidades trazidas para o projeto, o Pix também tem apelo entre os próprios doadores, que não pagam nada para fazer a doação – o que acaba impulsionando a transferência de valores menores para as entidades.

“Percebemos um aumento no número de doadores com Pix nos últimos meses e muitas vezes são doações de R$ 1, R$ 2, R$ 3. As pessoas estão começando a perceber que mesmo os valores pequenos fazem diferença e acham o Pix mais fácil e menos burocrático”, afirmou.

O aumento do uso do Pix para doações acompanha o avanço do sistema de pagamentos como um todo. Segundo dados do BC (Banco Central), de novembro –quando foi lançado– até março deste ano, o número de chaves cadastradas mais do que dobrou (116,8%).

As principais chaves criadas foram pelo número do CPF, que correspondem por 32,4% do total.

Ainda segundo o BC, 80,6 milhões de usuários estão cadastrados no diretório de identificadores de contas transacionais, sendo mais de 75,6 milhões de pessoas físicas e outros 5 milhões de pessoas jurídicas.

Para o Padre Julio Lancellotti, da Paróquia de São Miguel Arcanjo, apesar de existir um aumento no número de doações feitas pelo Pix, muitos dos doadores ainda não usam o sistema porque não sabem usar.

“Muitas pessoas que pedem as informações para fazer doações para a Paróquia preferem os dados da conta bancária. É algo que tem crescido, mas ainda não massificou. Tem muita gente que ainda não sabe usar”, afirmou.

O Padre Julio Lancellotti promove campanhas de apoio aos moradores de rua e a famílias carentes da região.

Ainda de acordo com dados do Banco Central, o número de transações feitas por Pix ficou em mais de 393,6 milhões em março deste ano – um avanço de 42,9% em relação a fevereiro e alta de mais de 1074% em comparação a novembro, quando o sistema foi lançado.

O valor total transacionado pela modalidade foi de R$ 278,4 milhões no final de março, um crescimento de 40,8% em relação a fevereiro e de 840,9% ante novembro.

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