Descrição de chapéu Folhajus câncer

Johnson & Johnson terá que pagar US$ 2,1 bilhões por vender talco cancerígeno

Para a empresa, decisão da Suprema Corte dos EUA não é sobre 'segurança do produto'

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Washington | AFP

A Suprema Corte dos Estados Unidos recusou-se nesta terça-feira (1º) a considerar um recurso da farmacêutica americana Johnson & Johnson, confirmando assim sua sentença de US$ 2,1 bilhões em indenização pela venda de talco feito com produtos cancerígenos.

A mais alta instância do país não esclareceu sua decisão, que encerra anos de contencioso e pode repercutir em outras ações coletivas.

A fabricante de produtos de higiene recebeu milhares de reclamações nos últimos anos de pessoas que a acusavam de vender talco que continha amianto e causava câncer de ovário.

A Johnson & Johnson sempre negou essas acusações.

Talco da Johnson & Johnson - Mike Segar - 24.feb.2016/Reuters

A empresa foi condenada várias vezes, uma delas em 2018 por um júri que a sentenciou a pagar US$ 4,7 bilhões a 22 demandantes por danos e prejuízos.

Em junho de 2020, um tribunal de apelações do Missouri reduziu esse valor, concluindo que alguns demandantes, por não ter vínculos com o estado, não deveriam ter sido incluídos no julgamento.

No entanto, o tribunal considerou que o grupo havia "deliberadamente vendido produtos contendo amianto aos consumidores", o que causou "grande desgaste físico, mental e emocional".

A Johnson & Johnson apelou para a Suprema Corte do Missouri, que se recusou a revisar o caso, e depois para a mais alta corte do país, que fez o mesmo nesta terça.

O grupo argumentou que a ação coletiva, que incluía demandantes de outros estados, violava seus direitos e contestava o valor punitivo da sentença.

Para a empresa, a decisão da Suprema Corte não é sobre "segurança do produto" e "deixa de lado importantes questões jurídicas que os tribunais estaduais e federais continuarão a enfrentar" sobre temas processuais e de competência legal.

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