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ONS muda tom e diz que medidas garantem abastecimento em 2021

Órgão divulgou novo comunicado neste sábado (5)

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Rio de Janeiro e Brasília | Reuters

Medidas preventivas adotadas pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), diante da pior crise hidrológica desde 1930, vão garantir o abastecimento de energia no Brasil neste ano, defendeu o órgão em comunicado neste sábado (5), após ser consultado sobre eventuais riscos de déficit de oferta de geração.

O órgão mudou o tom um dia após ter alertado, em nota técnica, que os reservatórios de ao menos oito usinas hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste poderiam estar praticamente vazios até novembro. A previsão, feita na sexta-feira (4), era a de que poderia ocorrer a chamada "perda do controle hidráulico", o que implicaria em restrições ao atendimento energético nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste.

O ONS disse que realiza estudos, análises e avaliações de cenários para um horizonte de até cinco anos e admitiu que em uma nota técnica com projeções para o período de junho a novembro de 2021 chegou a apontar riscos, mas disse que esse cenário deverá ser descartado com medidas que têm sido encaminhadas pelo governo.

"O único cenário em que há risco de déficit é o cenário de referência, utilizado para demonstrar que ações precisavam ser tomadas com o intuito de evitar essa ocorrência", disse o ONS.

"Sendo assim, diversas medidas foram aprovadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e já estão em curso, o que faz com que esse cenário não se concretize e se garanta o fornecimento de energia e potência em 2021."

Dentre as ações em andamento, o ONS destacou a flexibilização das restrições hidráulicas dos aproveitamentos localizados nas bacias dos rios São Francisco e Paraná; aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas; importação de energia da Argentina e do Uruguai, além de campanha de uso consciente da água e da energia.

No comunicado, o ONS ressaltou ainda que o país passa por uma crise hídrica e que nos últimos sete anos os reservatórios das hidrelétricas receberam um volume de água inferior à média histórica. A crise pressiona sistema de geração do Brasil, fortemente dependente de hidrelétricas.

'Maior crise hídrica da história'

Na quinta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia dito a apoiadores, em Brasília, que o Brasil vive a maior crise hídrica de sua história.

"Apesar dos problemas está indo bem o Brasil. Tem gente incomodado com isso. Na energia, estamos com problema da maior crise hídrica da história do Brasil. Mais um azar. Apesar disso, está indo bem", disse, em transmissão feita por simpatizantes.

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