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De Facebook a Tesla, relembre os maiores tombos de ações

Após queda drástica no valor de mercado, Meta se tornou a 1ª do ranking com folga

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São Paulo

Um único dia foi suficiente para a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, perder US$ 251,3 bilhões (R$ 1,3 trilhão) em valor de mercado. Após a divulgação dos resultados de 2021, os papéis da companhia afundaram 26% na Bolsa nesta quinta-feira (3), implicando no maior tombo da história do mercado de ações.

A queda drástica também reflete como os investidores preveem o futuro da Meta, tendo em vista a fuga de usuários provocada pela concorrência do TikTok e por recentes escândalos de privacidade.

Mas esta não é a primeira vez que a empresa de Mark Zuckerberg encabeça a lista das maiores quedas. Em julho de 2018, também em função de um relatório trimestral desastroso, o Facebook perdeu US$ 119 bilhões (R$ 446,8 bilhões, em valores da época), inaugurando um novo recorde.

Ilustração de logo da Meta em frente a gráfico de ações - Dado Ruvic/Reuters

De lá para cá, outros tombos históricos foram registrados. Segundo levantamento da Bloomberg, as cinco maiores quedas em valor de mercado aconteceram nos últimos dois anos. Relembre os episódios.

Apple (US$ 180 bilhões)

Antes de a Meta assumir o topo da lista, a maior descapitalização num único dia havia sido da Apple. Em 3 de setembro de 2020, as ações da companhia fecharam em queda de 8%, levando a um prejuízo de US$ 179,92 bilhões (R$ 958,5 bilhões, em valores atuais).

Naquela semana, a Nasdaq, Bolsa americana que concentra empresas de tecnologia, teve a sua pior sequência desde março de 2020, quando a pandemia de Covid-19 derrubou os mercados globais.

A venda massiva de ações de tecnologia atingiu em cheio a Apple, que, no mês anterior, tinha se tornado a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo.

Microsoft (US$ 178 bilhões)

Em 16 de março de 2020, poucos dias após a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar a pandemia de coronavírus, a Microsoft viu seu valor de mercado despencar em US$ 178 bilhões (R$ 948,3 bilhões, em valores atuais).

Diante das ameaças da Covid-19 na economia, o mercado de ações entrou em pânico, levando a perdas generalizadas. No Brasil, por exemplo, o circuit breaker, mecanismo que interrompe as negociações na Bolsa, fora acionado três vezes na mesma semana.

Wall Street não ficou imune às reações do mercado e a Microsoft foi impactada. Naquele momento, a região de Seattle, onde fica a companhia, estava entre as áreas mais atingidas por surtos de Covid nos EUA.

Tesla (US$ 140 bilhões)

No dia 6 de novembro de 2021, o presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, perguntou a seus seguidores no Twitter se deveria vender 10% de suas ações. A maioria votou que sim. Três dias depois, as ações da montadora de carros elétricos caíram 12%, reduzindo o valor de mercado da empresa em US$ 140 bilhões (R$ 745,8 bilhões).

Os tuítes de Musk fizeram os investidores questionar a viabilidade da Tesla no longo prazo, provocando oscilações no desempenho da companhia na Bolsa.

Amazon (US$ 130 bilhões)

Apresentar resultados positivos nem sempre é o suficiente. Se eles estiverem abaixo da expectativa dos investidores, a demonstração pode implicar no maior tombo em valor de mercado da história —especialmente se a empresa for avaliada em trilhões de dólares.

Foi o que aconteceu com a Amazon, em 30 de julho de 2021. Após divulgar resultados aquém do esperado por Wall Street, as ações da companhia caíram 7%, culminando numa perda de US$ 130 bilhões (R$ 692,6 bilhões).

Embora as receitas naquele trimestre tenham subido 27% em relação ao ano anterior, elas ficaram abaixo das previsões do mercado. O forte declínio também foi impulsionado pela divulgação de uma multa cobrada por reguladores europeus, que acusavam a Amazon de violar leis regionais de privacidade.

Facebook (US$ 119 bilhões)

Resultados abaixo do esperado e declínio no crescimento de usuários. Os motivos que levaram a Meta a registrar um tombo histórico nesta quinta (3) já haviam abalado o patrimônio de Mark Zuckerberg em 2018.

No dia 26 de julho daquele ano, o Facebook perdeu US$ 120 bilhões (R$ 446,8 bilhões, em valores da época). A queda foi a resposta dos investidores a uma receita que veio abaixo do esperado no balanço. Além disso, o ritmo de crescimento na base de usuários também estava desacelerando.

Mas o tombo desastroso refletiu, principalmente, o alerta da empresa de que a nova realidade poderia ser mais modesta. Para o ano seguinte, a empresa havia estimado um crescimento dos gastos maior que o da receita, devido a investimentos em segurança, inovação, conteúdo de vídeo e realidade virtual.

Colaborou Lucas Bombana

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