Descrição de chapéu Rússia

Visa, Mastercard e PayPal suspendem operações na Rússia em meio à guerra

American Express anunciou neste domingo que também irá interromper atividades no país

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São Paulo

As empresas de meios de pagamento Visa, Mastercard e PayPal anunciaram no sábado (5) a suspensão de suas atividades na Rússia, em resposta à guerra provocada por Vladimir Putin contra a Ucrânia.

Neste domingo (6), foi a vez da American Express também anunciar que decidiu interromper suas atividades na Rússia e Belarus.

"Com efeito imediato, a Visa trabalhará com seus clientes e parceiros na Rússia para encerrar todas as transações Visa nos próximos dias", disse a empresa de cartões por meio de nota à imprensa.

As transações com cartões emitidos sob a bandeira da empresa na Rússia não funcionarão mais fora do país. Além disso, os cartões Visa emitidos por instituições financeiras fora da Rússia não funcionarão mais dentro do país.

"Somos compelidos a agir após a invasão não provocada da Ucrânia pela Rússia e os eventos inaceitáveis que testemunhamos", afirmou Al Kelly, CEO da Visa, em comunicado. "Lamentamos o impacto que isso terá em nossos clientes, parceiros, comerciantes e titulares de cartões que atendemos na Rússia. Esta guerra e a ameaça contínua à paz e à estabilidade exigem que respondamos de acordo com nossos valores", acrescentou o executivo.

A Mastercard também informou que os cartões emitidos por bancos russos deixarão de ser aceitos pela rede da empresa. E que todos os cartões sob a bandeira Mastercard emitidos fora do país não funcionarão em estabelecimentos comerciais ou caixas eletrônicos russos.

"Ao darmos este passo, nos juntamos a tantos outros na esperança e no compromisso com um futuro mais positivo, produtivo e pacífico para todos nós", disse a Mastercard em nota.

A empresa destacou também que as "equipes de cibernética e inteligência continuarão trabalhando com governos e parceiros em todo o mundo para garantir que a estabilidade, integridade e resiliência de nossos sistemas continuem a orientar nossas operações em resposta a possíveis ataques cibernéticos."

"Os cartões American Express emitidos globalmente não funcionarão mais em estabelecimentos comerciais ou caixas eletrônicos na Rússia. Além disso, os cartões emitidos na Rússia por bancos russos não funcionarão mais fora do país na rede global da American Express", disse Stephen Squeri, CEO da empresa em nota.

No caso da PayPal, o vice-primeiro ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, informou em uma postagem no Twitter a suspensão das atividades da empresa na Rússia.

Fedorov publicou uma carta que, segundo ele, foi recebida do CEO da PayPal, Dan Schulman. No texto, o executivo diz que a empresa de meio de pagamentos decidiu suspender as operações na Rússia em apoio à Ucrânia.

"A PayPal apoia o povo ucraniano e se posiciona ao lado da comunidade internacional em condenar os violentos ataques militares da Rússia na Ucrânia", diz o documento. Procurada, a empresa confirmou as informações.

"A PayPal tem trabalhado em estreita colaboração com governos e parceiros para cumprir todas as leis e sanções aplicáveis", informou a empresa.

placa logo PayPal sede Califórnia Estados Unidos
Logo da empresa de meio de pagamentos PayPal na Califórnia, nos Estados Unidos - Justin Sullivan - 9.abr.2018/AFP

Visa, Mastercard, PayPal e American Express se juntam assim a uma série de empresas multinacionais que ao longo dos últimos dias já haviam tomado a mesma decisão de interromper suas atividades em solo russo, em retaliação aos ataques contra as cidades ucranianas.

Empresas como Shell e BP abandonaram negócios bilionários na Rússia, enquanto Volvo, Apple e gigantes dos transportes, como MSC e Maersk, suspenderam remessas.

O grupo Inditex, que controla a Zara, de vestuário, também paralisou as operações de suas 502 lojas no país, assim como seu principal concorrente, a H&M.

Além disso, o governo italiano anunciou neste sábado que congelou ativos de oligarcas russos no país avaliados em 140 milhões de euros (R$ 775,7 milhões), incluindo os iates embargados na sexta-feira (4).

O bem de maior valor bloqueado é o iate Lady M, avaliado em 65 milhões de euros (R$ 360,1 milhões), pertencente a Alexei Mordashov, um oligarca próximo a Vladimir Putin, que foi alvo de sanções da União Europeia após a invasão russa na Ucrânia.

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