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Economista Lisa Cook será a primeira negra no conselho do Fed

Cook é doutora pela Universidade da Califórnia e pesquisou disparidades raciais e mercados de trabalho

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Jeanna Smialek Emily Cochrane
Nova York | The New York Times

O Senado dos Estados Unidos confirmou a economista Lisa D. Cook no conselho de governadores do Federal Reserve (banco central do país) na terça-feira (10), tornando-a a primeira mulher negra a ocupar esse cargo político.

A confirmação veio depois que a vice-presidente americana, Kamala Harris, quebrou um empate de 50 a 50 no Senado, levando o governo Biden um passo mais perto de reformular a equipe de liderança do banco central.

Cook, economista pela Universidade Estadual de Michigan que pesquisou disparidades raciais e mercados de trabalho, foi indicada ao lado de uma lista de outros funcionários –a Casa Branca teve a oportunidade de preencher dois cargos de governador em aberto e escolher um novo presidente, vice-presidente geral e vice-presidente de supervisão do banco.

Lisa D. Cook, economista da Michigan State University que pesquisou disparidades raciais e mercados de trabalho, é a primeira mulher negra a ser nomeada governadora do Federal Reserve - Ken Cedeno - 10.mai.2022/AFP

Lael Brainard, escolhido pelo presidente Joe Biden para vice-presidente do Fed, é o único de seus indicados ao banco que já havia sido confirmado.

Biden também nomeou Philip N. Jefferson, economista acadêmico e administrador do Davidson College, e renomeou Jerome Powell como presidente do Fed. Sua nomeada inicial para a vice-presidência de supervisão do Fed, Sarah Bloom Raskin, retirou-se da consideração em meio à oposição republicana e parcialmente democrata. Michael S. Barr foi nomeado para o cargo mais recentemente e aguarda uma audiência de nomeação.

Se esses indicados adicionais forem confirmados, Biden terá indicado ou renomeado cinco dos sete governadores do Fed. O Fed é independente da política, então essas nomeações são a principal maneira como a Casa Branca pode moldar o futuro da política monetária, que é usada para manter a inflação estável e o emprego alto.

Os governadores no conselho do Fed em Washington realizam votações constantes sobre a política monetária e supervisionam os maiores bancos do país. Eles definem as taxas de juros para orientar a economia juntamente com 12 presidentes de bancos centrais regionais, cinco dos quais têm direito a voto a qualquer momento.

O Fed agora está lutando contra a inflação teimosamente alta, e os indicados de Biden para o conselho provavelmente seguirão o curso que o banco já começou a traçar. O Fed elevou as taxas de juros em sua reunião de março e aprovou um aumento ainda maior na reunião da semana passada. Também começará iminentemente a encolher seu balanço patrimonial, na tentativa de aumentar as taxas de juros em longo prazo e desacelerar ainda mais a economia.

Ao tornar os empréstimos mais caros, o Fed está tentando desacelerar os gastos e as contratações, o que pode permitir que a inflação se modere ao longo do tempo, à medida que a oferta se equipara à demanda. Durante suas audiências, todos os indicados deixaram claro que estão comprometidos com reduzir a inflação.

"A inflação alta é uma grave ameaça para uma expansão longa e sustentada, que sabemos que eleva o padrão de vida de todos os americanos e conduz a uma prosperidade compartilhada e ampla", disse Cook durante seu depoimento. "É por isso que estou comprometida a manter as expectativas de inflação bem ancoradas."

Cook é doutora em economia pela Universidade da Califórnia em Berkeley. Ela tem um histórico de orientação de economistas mais jovens, inclusive por meio do Programa de Verão da Associação de Economia Americana, que visa aumentar a diversidade no campo da economia.

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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