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Inflação da gasolina faz IBGE buscar mais dinheiro para Censo

Com impacto da alta de preços, instituto vai renegociar orçamento com governo

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Rio de Janeiro

Com a alta dos preços de itens como gasolina e aluguel de veículos, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pretende buscar uma recomposição para o orçamento do Censo Demográfico 2022.

Em seminário com a participação da imprensa, o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, disse nesta segunda-feira (27) que o órgão vai procurar o Ministério da Economia para tentar levantar recursos adicionais.

O orçamento do Censo foi projetado em R$ 2,3 bilhões, mas a inflação de itens como o combustível força uma ampliação no valor, segundo Azeredo. O início da coleta das informações do levantamento está previsto para 1º de agosto.

"Houve um aumento expressivo da gasolina. A gente orçou o Censo com a gasolina em cerca de R$ 4 [por litro]. Então, vai ter de fazer um trabalho de recomposição do orçamento", afirmou Azeredo.

Equipe do IBGE trabalha em pesquisa em São Paulo - Zanone Fraissat - 21 jun.2022/Folhapress

O diretor disse que o IBGE está "bastante tranquilo" quanto à liberação de mais recursos. Segundo Azeredo, o instituto já havia recebido uma sinalização positiva por parte do Ministério da Economia no final do ano passado. A quantia adicional que seria necessária ainda está em análise.

Consultado pela Folha, o Ministério da Economia disse que "a Secretaria de Orçamento Federal se manifesta somente acerca de créditos orçamentários cuja proposta já esteja formalizada e seus efeitos tornados públicos".

Inicialmente, as operações do Censo foram estimadas em mais de R$ 3 bilhões. A pesquisa iria a campo em 2020, mas foi cancelada à época em meio às restrições ao deslocamento de pessoas na pandemia.

Em 2021, o que acabou inviabilizando novamente o estudo foi o corte de recursos destinados por parte do governo federal. A verba de R$ 2,3 bilhões para 2022 só foi liberada após o STF (Supremo Tribunal Federal) ser acionado.

O Censo costuma ser feito a cada dez anos. Os dados apurados funcionam como base para uma série de políticas públicas e decisões de investimento de empresas.

As informações balizam, por exemplo, os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos para as prefeituras.​

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