Descrição de chapéu Caixa Econômica Federal

Ministros, banqueiros, executivos: veja as baixas de primeiro escalão na gestão Bolsonaro

Ex-presidente da Caixa acusado de assédio é demissão mais recente em três anos e meio de governo

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São Paulo

A demissão de Pedro Guimarães na última quarta-feira (29), agora ex-presidente da Caixa Econômica Federal, marca uma série de baixas no primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre a derrocada de ministros e a fritura pública de presidentes de estatais e outros cargos próximos ao presidente, a saída de Guimarães —após ser acusado de assédio sexual por funcionárias do banco— é a mais nova perda expressiva no governo e ocorre em um momento em que o presidente luta para subir nas pesquisas eleitorais.

A troca de comando na Caixa, após as denúncias publicadas pelo portal Metrópoles, deve desgastar a a imagem do governo, mas Bolsonaro já havia passado por outras saídas tumultuadas, como a do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. A equipe também passou por mudanças sucessivas no Ministério da Educação e trocas no comando da Petrobras.

Ao longo dos três anos e meio de mandato, Bolsonaro perdeu, ainda, figuras importantes que ocuparam cargos em autarquias e no segundo escalão dos ministérios. Relembre, a seguir, algumas dessas mudanças:

Porta de saída

Governo Bolsonaro acumula baixas no primeiro escalão

  • Fev.19 | Gustavo Bebianno

    No comando da Secretaria-Geral da Presidência, foi o primeiro ministro a ser demitido. Ele acabou no centro de uma crise, após a Folha revelar um esquema de candidatos-laranja do PSL (partido pelo qual Bolsonaro se elegeu). O ex-ministro morreu em março de 2020, após, segundo a família, ter sofrido um infarto

  • Fev.19 | Luiz Antonio Ferreira

    Pouco depois de assumir o seu mandato, em fevereiro de 2019, Bolsonaro demitiu Ferreira, nomeado presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB)

  • Abr.19 | Ricardo Vélez Rodriguez

    A queda do ex-ministro da Educação se deu durante uma disputa de poder entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Em seu lugar, assumiu o também polêmico Abraham Weintraub

  • Jun.19 | Carlos Alberto dos Santos Cruz

    O general comandava a Secretaria de Governo da Presidência da República e colecionava desentendimentos com os filhos do presidente e Olavo de Carvalho —a disputa era pela comunicação do governo

  • Jun.19 | Juarez Aparecido de Paula Cunha

    Em encontro com jornalistas, Bolsonaro disse que o demitiria da presidência dos Correios, por Cunha ter afirmado em um evento anterior que a empresa não seria privatizada. O general anunciou sua saída da estatal cinco dias depois

  • Jun.19 | Joaquim Levy

    Bolsonaro disse a jornalistas que Levy, então presidente do BNDES, estava 'com a cabeça a prêmio há algum tempo'. O motivo seria a sinalização de que o economista nomearia um executivo que trabalhou na gestão petista

  • Abr.20 | Luiz Henrique Mandetta

    O ministro foi demitido por Bolsonaro no início da pandemia de Covid-19, após uma série de desentendimentos entre eles a respeito de como a pasta deveria agir no enfrentamento da crise sanitária

  • Abr.20 | Sergio Moro

    Sua presença era tida como uma das vitrines do governo. Em sua saída, Moro disse que Bolsonaro queria ter acesso a relatórios e informações confidenciais de operações da PF e insistia em trocar o comando da polícia

  • Mai.20 | Nelson Teich

    Ele substituiu Mandetta no Ministério da Saúde pouco antes de completar um mês no cargo, e foi decisivo em sua saída a divergência com o Planalto sobre o protocolo do uso da cloroquina no combate ao novo coronavírus

  • Jun.20 | Abraham Weintraub

    No MEC, acumulou falas polêmicas e resultados fracos de gestão da política educacional. Em reunião no Planalto, em abril de 2020, chegou a dizer que colocaria 'esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF'

  • Jul.20 e ago.20 | Debandada no Ministério da Economia

    Os secretários especiais Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização) decidiram deixar o governo. Em julho, Mansueto Almeida já havia deixado o comando do Tesouro Nacional

  • Dez.20 | Marcelo Álvaro Antônio

    O ministro do Turismo era o centro do escândalo de laranjas do PSL em Minas Gerais e foi indiciado pela PF sob suspeita de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa

  • Abr.21* | Roberto Castello Branco

    Interferindo na Petrobras, Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna como novo presidente da estatal, substituindo Castello Branco, alvo de críticas do presidente após dizer que a insatisfação de caminhoneiros com aumento de custos não era problema da empresa

  • Jun.21 | Ricardo Salles

    Chamado por ambientalistas de 'antiministro do Meio Ambiente', Salles enfraqueceu órgãos de proteção, reduziu o impacto das queimadas e combateu a fiscalização de infrações

  • Abr.22* | Joaquim Silva e Luna

    Demissão do militar ocorreu após uma série de desgastes com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão de um mega-aumento dos preços nos combustíveis promovido pela empresa

  • Jun.22* | José Mauro Ferreira Coelho

    Para o lugar de Silva e Luna, Bolsonaro indicou Coelho, que defendeu a manutenção da política de preços de combustíveis. O governo anunciou que trocaria novamente o presidente da Petrobras em maio, após um novo reajuste dos combustíveis

*Data efetiva da demissão

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