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Preço da gasolina vai cair mais
A Petrobras reduz nesta quarta (20) em 4,9% o preço médio de venda da gasolina por suas refinarias, para R$ 3,86, um corte de R$ 0,20.
Em números: a primeira redução anunciada pela estatal desde dezembro deve representar um corte de R$ 0,15 por litro no preço final –a mistura vendida nos postos tem 27% de etanol.
- A medida era esperada pela Abicom, associação dos importadores de combustíveis. Ela aponta que o preço da gasolina nas refinarias está há uma semana acima da paridade de importação.
- Na terça, a diferença era de R$ 0,30 por litro. No diesel, que não teve reajuste e cujo preço oscila mais, a diferença em relação à paridade era de R$ 0,28.
Nova gestão: essa foi a primeira mudança nos preços anunciada por Caio Paes de Andrade, que assumiu a empresa após aumentos nos combustíveis derrubarem seus antecessores.
- Pouco antes do anúncio da estatal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse a apoiadores que a Petrobras vai achar seu rumo e dar boa notícia.
Impacto na inflação: o corte anunciado pela Petrobras deve reduzir o IPCA de julho em 0,05 ponto percentual. Em agosto, quando a redução vai atingir o mês todo, a queda deve ser de 0,10 ponto percentual.
- Os cálculos são do economista André Braz, da FGV. A gasolina é o subitem com maior peso (6,5%) no índice oficial de preços.
- Com os cortes de tributos federais e estaduais sobre os combustíveis, o preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu 17,8% desde o fim de junho, para R$ 6,07 por litro.
- Parte das medidas, porém, são temporárias e só transferem a inflação do ano eleitoral para o período seguinte.
Netflix perde menos assinantes do que esperava
A Netflix divulgou nesta terça (19) que perdeu 970 mil assinantes entre abril e junho, na primeira vez que a empresa registra redução de usuários em dois trimestres seguidos.
O resultado, porém, veio melhor do que esperava o mercado e do que havia sido projetado pela Netflix lá em abril, quando previu queda de 2 milhões de assinantes para o período.
Em números: para os meses de julho a setembro, a líder do streaming prevê crescer sua base em 1 milhão de assinantes. Os dados animaram os investidores, e as ações da companhia subiram 8% no pós-mercado.
- A reação ainda é tímida ao considerar que a companhia perdeu cerca de dois terços em valor de mercado desde o início do ano.
Os planos para a retomada: a companhia reforçou na divulgação de resultados seu projeto de versão de assinatura mais barata e com anúncios, que deve ser implementada no começo de 2023.
- Ela deve se somar à cobrança de contas compartilhadas com usuários que moram em outras casas, segmento em que a Netflix diz perder muito dinheiro.
- A empresa anunciou na terça ampliação dos testes para essa feramenta, que estão sendo feitos na América Latina.
Aposta ousada: enquanto tenta ampliar seu faturamento, a companhia lança nesta sexta (22) sua produção mais cara da história.
- O filme "Agente Oculto", dos diretores Anthony e Joe Russo, teve orçamento de US$ 200 milhões (R$ 1,08 bilhão). Uma única sequência de cenas levou um mês para ser produzida e custou US$ 40 milhões (R$ 217 milhões).
'Na boca do povo e na mão de Deus'
Depois de ter sido multado pela Justiça e tido provas testemunhais anuladas por uma dancinha no TikTok, Esmeralda Mello, 21, diz que está fazendo do "limão uma limonada" sobre a repercussão do caso.
Entenda: demitida por uma joalheria onde trabalhou por cerca de um ano, ela processou a empresa alegando que passou um período sem ser registrada. Cobrou registro em carteira e pediu pagamento de danos morais.
- Na última semana, o caso viralizou depois que o TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), em São Paulo, decidiu aplicar uma multa à Esmeralda e anular depoimentos de suas testemunhas por um vídeo postado no TikTok no fim de 2021.
- A legenda diz "eu e minhas amigas indo processar a empresa tóxica". A ex-vendedora ganhou parte da ação, mas foi condenada a pagar 2% de multa ao Judiciário por causa do vídeo e não terá a indenização trabalhista que esperava.
- Em entrevista à Folha, Esmeralda afirma que está extraindo o máximo de possibilidades da situação.
Brasileiros preferem híbrido a remoto
O modelo de trabalho híbrido é mais aceito pelos trabalhadores brasileiros do que por profissionais de outros países. É o que aponta um estudo da consultoria EY, que também mostra rejeição no Brasil pelo trabalho 100% remoto.
Em números: por aqui, 53% preferem trabalhar entre três e quatro dias por semana em casa, enquanto a média global desse modelo é de 38%.
- Na modalidade de não ir nenhum dia no escritório ou no máximo um dia por semana, os brasileiros que preferem são 9%. No resto do mundo, essa fatia é de 20%.
Os problemas do trabalho 100% remoto: apesar de ser defendido por uma parcela de profissionais, que percebeu melhora na rotina e no equilíbrio de suas atividades trabalhando apenas de casa, estudos mostram as desvantagens dessa modalidade.
- Um relatório publicado pela Microsoft em 2022 mostra que o trabalho remoto pode fazer com que os funcionários se sintam "socialmente isolados, culpados e tentem fazer compensações".
- Outra sondagem demonstrou que 81% das pessoas com menos de 35 anos de idade se sentiram solitárias trabalhando em casa por longos períodos.
- Essas circunstâncias costumam atingir trabalhadores mais novos e que estão iniciando a vida profissional.
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