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Netflix amplia cobrança de contas compartilhadas

A Netflix disse nesta segunda (18) que vai começar a cobrar um adicional de usuários de cinco países latino-americanos que compartilham suas contas com pessoas que moram em outras casas. O Brasil não está entre eles.

Entenda: o serviço poderá ser utilizado em uma a três casas adicionais a partir do mês que vem na Argentina, República Dominicana, Honduras, El Salvador e Guatemala.

• A cobrança adicional varia entre US$ 1,70 e US$ 2,99 (R$ 9,12 e R$ 16,04, na cotação atual), a depender do país.

O que explica: a novidade é uma das apostas da Netflix para aumentar seu faturamento diante da queda de assinantes registrada em um trimestre pela primeira vez em dez anos.

• A empresa vinha testando a ferramenta desde março no Chile, na Costa Rica e no Peru. Em todo o mundo, seriam 100 milhões de contas divididas com pessoas de outras casas, segundo a plataforma.

Outra novidade que deve ser implementada neste ano é um plano de assinatura mais barato e com propagandas.

• Para isso, a líder do streaming comunicou na semana passada que contratou a Microsoft para desenvolver a ferramenta e encontrar anunciantes.

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'Carnezinho' gostoso + descontinho junto

O Magazine Luiza enviou um vídeo por WhatsApp nesta segunda a 5 milhões de clientes em que Luiza Trajano, presidente do conselho e a "cara" da empresa, diz que a varejista vai oferecer crédito pré-aprovado para pagamentos feitos no carnê.

Entenda: o crédito poderá ser utilizado em lojas presenciais por meio do carnê ou do cartão Luiza, nas categorias Ouro e Preferencial, ou para compras no ecommerce.

• O Magalu e outras tradicionais varejistas têm apostado em seu conhecimento do perfil de consumo dos clientes –adquirido desde os tradicionais carnês– para oferecer crédito em um contexto de juros altos.

Tome crédito com moderação: em um momento de inflação persistente, empréstimo caro e recessão à vista, a decisão por assumir um financiamento deve ser bem calculada.

• O ideal é que ela seja feita após a criação de uma reserva financeira para imprevistos, afirma o economista e planejador financeiro Bruno Mori.

Reação do mercado: as ações do Magalu saltaram mais de 10% no começo do pregão desta segunda e foram acompanhadas de altas em outras varejistas.

• No meio da tarde, o humor do mercado virou com notícias negativas dos EUA e os papéis da companhia encerraram o dia em queda de 0,36%.

• As ações do setor vêm em uma sangria desde o ano passado. Até reagiram com a aprovação da PEC do Auxílio. Analistas ouvidos pela Folha, porém, veem o fôlego como passageiro.

Inflação sobe 653% desde Real

A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, registra alta acumulada de 653% desde o lançamento do Plano Real, em julho de 1994.

Isso significa dizer que uma nota de R$ 100 da época vale hoje R$ 13,91. Os cálculos são da LCA Consultores.

Estados cortam mais ICMS: os governos de São Paulo, Minas Gerais e Paraná anunciaram nesta segunda que reduziram a alíquota de ICMS sobre o etanol hidratado.

• O imposto estadual no combustível irá cair de 13,3% para 9,57% para os paulistas, de 16% para 9% para os mineiros e de 18% para 12% para os paranaenses.

• Na sexta, Goiás reduziu a cobrança para 14,17%. Os quatro estados são os maiores consumidores de etanol no Brasil.

• Cortes de tributos estaduais e nacionais devem diminuir a inflação esperada para este ano, mas pressionar os preços em 2023. Essa é a expectativa do mercado financeiro, medida pelo boletim Focus, do BC.

Blackrock tem outra preocupação: enquanto os países se esforçam para aliviar os preços dos combustíveis , o impacto mais duradouro na inflação está nos alimentos, afirma Larry Fink, fundador da maior gestora de ativos do mundo.

• A Guerra na Ucrânia não só pressionou preços de commodities, mas também de fertilizantes.

• O temor maior está na África, que geralmente importa grãos da Ucrânia, país que teve uma "tremenda destruição de terras aráveis", diz o CEO da Blackrock.

Na Argentina, a inflação se comporta como um trem desenfreado, diz, em entrevista à Folha, o economista e consultor Fausto Spotorn.

Trabalho pela manhã, praia à tarde

Já pensou trabalhar apenas por meio período nas sextas-feiras durante o verão?

Nos EUA, algumas empresas estão adotando esse benefício, que pode servir para motivar funcionários e até como um teste para a semana de trabalho com quatro dias.

Entenda: durante o verão no Hemisfério Norte, que vai de junho a agosto, empregadores perceberam que há uma queda natural no movimento em muitos escritórios —muita gente, incluindo clientes, entra de férias nessa época.

• Por isso, adotaram um modelo de sexta-feira mais curta, principalmente em Nova York e em setores como o financeiro, de imprensa e tecnologia.

• Cerca de 10% das companhias americanas promoveram a prática em 2015.

Luxo para poucos: é claro que o benefício acaba atingindo profissionais que recebem salários acima da média e cujo trabalho fica mais leve nas sextas.

• É difícil de imaginar essa modalidade sendo adotada em serviços turísticos ou atividades consideradas essenciais, como as de saúde e segurança.

Diferencial: para um professor de Administração da Columbia Business School, o benefício pode ser decisivo no processo de escolha de um novo emprego.

• Segundo Stephan Meier, "cada vez mais empresas estão descobrindo o que motiva as pessoas" em termos de benefícios —e não são mesas de pingue-pongue ou comida grátis.

Quer saber mais sobre mercado de trabalho? A Folha tem uma newsletter com dicas e notícias sobre o assunto. A edição desta semana traz relatos sobre os prós e contras de ser freelancer.