Inflação acelera nos EUA, Netflix faz parceria com Microsoft e o que importa no mercado

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Inflação acelera nos EUA, e também vai doer aqui

A inflação ao consumidor americano acelerou para 1,3% em junho e atingiu 9,1% no acumulado de 12 meses, o maior avanço anualizado desde novembro de 1981.

Em números: a alta foi maior que a projetada pelos analistas, que calculavam avanço de 1,1% para junho. Em maio, o índice tinha subido 1%.

O que explica: a inflação americana foi puxada em junho por combustíveis e alimentos. Os preços da gasolina atingiram o recorde de US$ 5 (R$ 27) por galão (3,8 litros) no mês.

  • O maior patamar de preços em 40 anos justifica-se por aquecimento da demanda e do mercado de trabalho no país, energia e alimentos encarecidos pela guerra na Ucrânia e problemas de oferta gerados na pandemia.

Por que importa: a inflação surpreendente deve levar o Fed a aumentar a dose do remédio amargo dos juros, e parte do mercado considera alta de 1 ponto percentual na próxima reunião.

O movimento tem dois impactos logo de cara para o Brasil e o resto do mundo:

  • Aumenta os temores para uma recessão global, pois mais juros nos EUA e em outros países devem resultar numa atividade econômica mais fraca no mundo todo.

O que cabe no orçamento

Soro do leite, feijão fora do tipo, pontas de frios, pés de galinha e outras carcaças. Itens que antes costumavam ser descartados aparecem hoje na prateleira dos supermercados e se tornaram a única opção para muitos brasileiros que têm fome.

O que explica: a inflação dos alimentos tem dado a tônica da alta dos preços neste ano e acerta em cheio os mais pobres, que gastam uma maior parte do seu orçamento com comida.

  • Só neste ano, o morango subiu 106%, a batata 55%, a cebola 48% e o leite 41%, segundo dados do IPCA de junho.

Milhões com fome: no Brasil, cerca de 3 em cada 10 habitantes (61,3 milhões) convivem com algum tipo de insegurança alimentar, segundo a ONU, que coloca o país no quinto lugar do mundo nesse ranking perverso.

O levantamento é do período de 2019 a 2021. Ele classifica a insegurança em níveis de intensidade:

  • Moderada, quando as pessoas têm incertezas sobre a capacidade de obter alimentos e reduzem a qualidade ou quantidade de comida que consomem.

No Brasil, 15,4 milhões estavam na categoria de insegurança alimentar grave de 2019 a 2021.


Netflix contrata Microsoft para plano com anúncios

A Netflix anunciou nesta quarta (14) que escolheu a Microsoft como parceira para botar em jogo seu plano de assinatura mais barata e com propagandas.

A empresa fundada por Bill Gates será responsável por desenvolver a ferramenta tecnológica e por conectar anunciantes à plataforma.

Relembre: antes totalmente avessa a colocar propagandas em seu streaming, a Netflix deu o braço a torcer depois que perdeu assinantes em um trimestre pela primeira vez em dez anos.


Twitter contra-ataca

Em resposta ao anúncio de Musk de que estava desistindo de comprar o Twitter, a rede social processou o bilionário por violação do acordo.

A companhia afirma no documento de 62 páginas que as acusações do dono da Tesla não têm fundamento e que ele deve concluir o negócio de US$ 44 bilhões.

Os argumentos do Twitter:

"Demandas irracionais": a principal razão citada por Musk para desistir do negócio foi de que a rede não conseguiu comprovar que o número de contas falsas e spam era menor que 5% dos usuários.

  • A rede afirma que atendeu a alguns de seus pedidos por dados da plataforma, mas que as demandas do bilionário foram se tornando cada vez mais irracionais.
  • A cláusula de "efeito material adverso" usada para inviabilizar o negócio não se sustenta, segundo o Twitter, porque os registros afirmavam que os 5% de contas falsas eram uma estimativa.

"Negócio foi tocado de maneira normal": Musk também disse que o Twitter não cumpriu com o acordo ao desacelerar as contratações e demitir dois executivos. A rede afirma que ele sabia de todos esses movimentos.

"Quem violou o acordo foi Musk": pelo contrato, o bilionário não poderia depreciar a empresa ou os funcionários publicamente. A rede social anexou no processo um tuíte de Musk em que ele responde o CEO da empresa com um emoji de cocô.

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