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Petrobras dispara em dia de lucro recorde de gigantes do petróleo

Exxon, principal petroleira dos EUA, reportou o maior ganho de todos os tempos

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São Paulo

As ações da Petrobras dispararam na Bolsa de Valores brasileira nesta sexta-feira (29), dia recheado de notícias positivas para esse segmento, com destaque para o lucro recorde de gigantes do setor nos Estados Unidos. A alta global do petróleo está por trás desses resultados.

Os papéis preferenciais da estatal petrolífera escalaram 5,76%, a R$ 34,15, enquanto as ações ordinárias saltaram 6,42%, a R$ 36,96. Com isso, as cotações alcançaram as máximas desde meados de maio.

Modelos de barris de petróleo diante de gráficos de ações
Modelos de barris de petróleo diante de gráficos de ações - Dado Ruvic - 1.dez.2021/Reuters

Na véspera, a companhia anunciou que o seu lucro subiu para R$ 54,33 bilhões no segundo trimestre, enquanto o resultado operacional ajustado totalizou R$ 98,26 bilhões. No mesmo dia, a empresa já havia divulgado a decisão de distribuir R$ 87,8 bilhões como dividendos pelo resultado trimestral.

Nesta sexta, o setor comemora os lucros de Exxon, Chevron e Shell. As três maiores empresas petrolíferas ocidentais acumularam um recorde de US$ 46 bilhões (R$ 239 bilhões) em ganhos no segundo trimestre, alimentados pelos preços mais altos da energia em mais de uma década e margens lucrativas de refino de petróleo, reportou o The Wall Street Journal.

A Exxon, a maior empresa de petróleo dos Estados Unidos, disse nesta sexta que seu lucro no segundo trimestre subiu para US$ 17,9 bilhões (R$ 93 bilhões), o maior de todos os tempos e quase quatro vezes mais do que no mesmo período do ano passado.

A rival Chevron também registrou lucro recorde nesta sexta de US$ 11,6 bilhões (R$ 60 bilhões).

No mercado internacional, o preço de referência do petróleo voltava a subir. No início da noite, o barril do Brent avançava 2,68%, a US$ 110,01 (R$ 570,70), encostando na máxima para o mês.

"É um pouco de tudo", disse Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, em referência ao caldo de informações animadoras para o setor.

Ele também considera como positivo o cenário moderado de recessão indicado pela queda do PIB dos Estados Unidos na véspera, entendido por parte do mercado como um sinal de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) não precisará subir juros da forma agressiva como se esperava para segurar a inflação.

"O cenário hoje é de menor aversão a risco, o que é positivo para setores cíclicos, como o de petróleo", comentou Arbetman.

Ele ressaltou que, embora o cenário seja positivo para todo o setor, o pagamento de dividendos acima do esperado deu um impulso a mais para a Petrobras. "Vejo também o efeito dos dividendos da Petrobras, que hoje apresenta um crescimento maior do que alguns pares."

Outras empresas do setor petrolífero também tinham robustos nesta sessão da B3, a Bolsa de Valores brasileira. A 3R Petroleum saltou 6,88%, enquanto a PetroRio ganhou 1,81%.

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