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Preço do petróleo cai a nível anterior à Guerra da Ucrânia

Queda na demanda por combustível nos EUA pressionou desvalorização

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São Paulo

O preço de referência do petróleo chegava ao final desta quarta-feira (3) com a menor cotação diária desde a antevéspera da invasão da Ucrânia pela Rússia. No mercado de ações do Brasil, as petrolíferas resistiram à queda da commodity, apesar da sessão volátil para a Petrobras.

No final da tarde, o barril do Brent caía 3,72%, a US$ 96,87 (R$ 511,49), o menor valor desde os US$ 96,84 do fechamento de 22 de fevereiro, a dois dias do início da guerra. Na mínima do dia, a commodity cedeu a US$ 96,50, perto do menor valor intradia durante o conflito na Europa, de US$ 94,50, em 15 de julho.

Modelo de bomba de petróleo sobre nota de dólar
Modelo de bomba de petróleo sobre nota de dólar - Dado Ruvic - 14.abr.2020/Reuters

A desvalorização da matéria-prima ocorre após relatório do governo americano reportar queda na demanda por combustíveis, reportou o The Wall Street Journal. Ao mesmo tempo, houve aumento dos estoques no país, explicou Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos

O noticiário sobre desaceleração na demanda americana esfriou os preços após uma alta no começo do dia provocada pela decisão do cartel de países produtores de petróleo e aliados, conhecido pela sigla Opep+, de elevar sua produção em apenas 100 mil barris por dia no próximo mês. "É um acréscimo muito pequeno", disse Arbetman.

A proposta da Opep está abaixo das expectativas dos Estados Unidos, que gostariam de uma ampliação significativamente maior. A queda dos preços dos combustíveis ajudaria o governo do presidente Joe Biden a controlar a maior inflação no país em 40 anos.

Dólar fecha estável e Bolsa sobe em dia de decisão sobre juros

No mercado global de ações, porém, os sinais de desaceleração da economia americana não impediram ganhos nas principais bolsas, enquanto o índice que compara o dólar a outras moedas ficou praticamente estável.

No Brasil, o dólar comercial caiu 0,01%, cotado a R$ 5,2760, em um dia de noticiário morno para o mercado de câmbio, embora investidores permaneçam atentos às tensões crescentes entre Estados Unidos e China, segundo Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest.

Na Bolsa de Valores brasileira, o índice de referência Ibovespa subiu 0,40%, a 103.774 pontos, em uma sessão de amplos ganhos para empresas de tecnologia, varejo e finanças.

Locaweb, Via, Natura e Cielo saltaram 11,9%, 11,5%, 11,2% e 9,7%, respectivamente.

No setor de commodities, a Petrobras subiu apenas 0,06%, enquanto a Vale caiu 3,89%.

Ações desses setores tendem a ser beneficiadas pela aposta de investidores na estabilização dos juros. O mercado apostou amplamente que a reunião de política monetária do Banco Central do Brasil confirmaria a elevação de 0,50 ponto percentual da taxa Selic, a 13,75% ao ano.

"Os mercados vão monitorar o comunicado da decisão e eventuais pistas sobre os próximos passos da condução de política monetária", afirmou a equipe de economia do Bradesco, que espera que a Selic seja elevada para 13,75%.

No exterior, os principais índices de ações subiram. Em Nova York, o indicador S&P 500, parâmetro para o mercado acionário americano, ganhou 1,56%. O Dow Jones avançou 1,26%, enquanto a Nasdaq saltou 2,59%.

Na Europa, o índice que acompanha as 50 principais empresas da região avançou 1,30%.

Com Reuters

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