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Lula diz que renegociação de dívidas de famílias incluirá varejo e bancos

Petista quer implementar programa 'Desenrola Brasil' para famílias com renda de até 3 salários mínimos

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Lisandra Paraguassu
Brasília | Reuters

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou o alcance da proposta de renegociação de dívidas de famílias mais pobres, previsto em seu plano de governo, e falou nesta terça-feira (6) em incluir, além de contas de água e luz e outros serviços, também redes de varejo e bancos.

"Não basta a gente ganhar as eleições e melhorar a condição de renda das pessoas. Nós vamos ter que, em um primeiro momento, ter a coragem de ter as condições para negociar essas dívidas, seja com empresários do setor de varejo, seja com as prefeituras e Estados, seja com os bancos", disse Lula durante reunião de coordenação de sua campanha à Presidência.

O ex-presidente Lula (PT) discursa em comício eleitoral em Manaus - Michael Dantas - 31.ago.2022/AFP

O programa, chamado "Desenrola, Brasil", vem sendo anunciado por Lula e também nas propagandas da campanha petista. A ideia inicial era que fosse feita a renegociação de dívidas de água, luz, gás e telefone de famílias com renda de até três salários mínimos. No entanto, Lula agora incluiu em sua fala os bancos, cartões de crédito e redes de varejo.

Lula citou, por exemplo, que o endividamento das famílias com o sistema financeiro nacional está em 52,7%, maior da série histórica, e 27,6% da renda das famílias está comprometida com dívidas.

Dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio) apontam para 79% de famílias endividadas; 29,6% com dívidas em atraso; e 10,8% que dizem que não têm condições de pagar suas dívidas.

"Se a gente não resolver a dívida na vida das pessoas, essas pessoas vão estar impossibilitadas de consumir qualquer coisa, e se as pessoas não tem poder de consumo a economia não cresce", defendeu o ex-presidente.

A proposta trabalhada pelo PT até agora foca em dívidas não bancárias. O cálculo da campanha é que seja possível renegociar até R$ 90 milhões em dívidas, de aproximadamente 30 milhões de famílias com renda até três salários mínimos.

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