Dono do maior conglomerado empresarial da Índia, o magnata Gautam Adani, 60, passou a ocupar a posição de segunda pessoa mais rica do mundo, desbancando o bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon.
Segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, Adani possui uma fortuna estimada em US$ 150 bilhões (cerca de R$ 775 bilhões), US$ 15 bilhões (R$ 77,5 bilhões) a mais do que o patrimônio do norte-americano de Jeff Bezos.
A riqueza do indiano só fica atrás do patrimônio de Elon Musk, CEO da Tesla, estimada em US$ 268 bilhões (R$ 1,385 trilhão).
Barão do carvão, essa é a primeira vez que um asiático atinge um dos postos mais altos no escalão da riqueza, tradicionalmente ocupados por empresários do ramo da tecnologia do Estados Unidos.
Veja o ranking da Bloomberg com os dez mais ricos:
Posição | Nome | Fortuna estimada | País |
1º | Elon Musk | US$ 268 bilhões | Estados Unidos |
2º | Gautam Adani | US$ 150 bilhões | Índia |
3º | Jeff Bezos | US$ 145 bilhões | Estados Unidos |
4º | Bernard Arnault | US$ 137 bilhões | França |
5º | Bill Gates | US$ 111 bilhões | Estados Unidos |
6º | Warren Buffett | US$ 97,3 bilhões | Estados Unidos |
7º | Larry Page | US$ 93,3 bilhões | Estados Unidos |
8º | Sergey Brin | US$ 89,3 bilhões | Estados Unidos |
9º | Mukesh Ambani | US$ 88,8 bilhões | Índia |
10º | Larry Ellison | US$ 88.7 bilhões | Estados Unidos |
Segundo o site norte-americano Bloomberg News, na década de 1980 Adani se dedicou à indústria de carvão e de portos, após tentar a sorte na indústria de diamantes de Mumbai.
Desde então, investimentos do empresário indiano se expandiram. Atualmente o Grupo Adani, do qual o magnata indiano é presidente, reúne um conglomerado de empresas de diferentes segmentos, atuando em áreas como mineração de carvão, administração de portos e aeroportos, fabricação de cimento e até na distribuição de gás e na produção de energia renovável.
Ainda segundo a Bloomberg News, o grupo indiano pretende se tornar o maior produtor de energia renovável do mundo. Só no ano passado, o grupo teria prometido investir US$ 70 bilhões (R$ 361 bilhões) em energia verde.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, o recente investimento em energia renovável é criticado por ambientalistas como um pouco atrasado. Entre as razões está o fato de boa parte da receita do grupo ser proveniente de combustíveis fósseis.
Recentemente, o governo indiano adotou reformas que estimulam a produção de energia renovável no país e que devem acelerar o progresso nesse setor.
Ainda segundo o jornal britânico, a iniciativa do grupo indiano em se tornar mais verde seria um reflexo do empenho do primeiro-ministro Narendra Modi em levar o terceiro maior emissor de gases poluentes do mundo a chegar à emissão zero até 2070.
Ascensão meteórica
O crescimento da riqueza do empresário indiano ocorreu de forma vertiginosa. No início do ano, ele ocupava a 14ª posição entre as pessoas mais ricas do mundo no ranking da Bloomberg. Em fevereiro, Adani passou pela primeira vez o bilionário Mukesh Ambani, também da Índia, e se tornou a pessoa asiática mais rica do planeta.
Entre julho e agosto, o patrimônio de Adani ultrapassou as riquezas do norte-americano Bill Gates, criador da Microsoft, e do francês Bernard Arnault, presidente da LVMH.
O patrimônio do magnata indiano cresceu à medida que as ações de suas empresas subiram de forma recorde, em especial o carro-chefe do grupo, a Adani Enterprises Ltd. Ainda segundo a Bloomberg, algumas das ações das empresas do grupo subiram mais de 1.000% desde 2020.
Apesar de Adani ter tomado a posição de Bezos, o cargo de segunda pessoa mais rica do mundo pode ser temporário, já que sua ascensão coincidiu com uma perda de US$ 46 bilhões (R$ 237 bilhões) no patrimônio do empresário norte-americano desde o início do ano.
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