Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta sexta-feira (9). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:
A startup das multipropriedades de luxo
O negócio da multipropriedade, conhecido no mercado hoteleiro com a venda de quartos para vários donos, chegou às residências de luxo no Brasil por meio da startup MyDoor.
A inspiração é na americana Pacaso, avaliada em US$ 1,5 bilhão (R$ 7,8 bilhões).
Entenda: o foco dessas empresas são os imóveis de veraneio, as "segundas casas" de quem mora em regiões centrais.
- A ideia é dividir a propriedade em cotas, dessa forma os moradores não precisam pagar o valor total do imóvel e dividem os dias para ocupar a residência.
Como funciona: no modelo da startup, cada dono tem direito a 44 diárias de uso por ano, que podem ser determinadas por contrato ou ser rotativas.
- Para evitar transtornos, a MyDoor faz a gestão do imóvel, cuidando da manutenção, limpeza e organização dos períodos de uso de cada proprietário.
- Os serviços ainda incluem reservas em restaurantes e passeios. A startup cobra uma taxa de 4% do valor global dos imóveis para fazer a gestão.
Em números: as cotas disponíveis começam em R$ 185 mil, para um apartamento de 88 metros quadrados em Campos do Jordão, e chegam a R$ 1,9 milhão, por 1/8 de uma casa de 700 metros quadrados em um condomínio de alto padrão em Itu, o Terras de São José I.
Freio no projeto do avião supersônico
Num balde de água fria para a Boom, startup que promete renascer as viagens comerciais supersônicas, a Rolls-Royce desistiu do projeto de desenvolver o motor do avião Overture.
O motor era e segue sendo uma grande incógnita do projeto da Boom, que ainda é só uma ideia, mas já captou US$ 250 milhões (R$ 1,27 bilhão) e recebeu 35 encomendas de American Airlines e United Airlines.
Entenda: aposentado em 2003, o voo comercial supersônico tinha como obstáculos a sustentabilidade e o barulho, duas coisas que a Boom e seu Overture prometem resolver com tecnologia e combustível a partir de fontes renováveis.
Apostas: o presidente da startup, Blake Scholl, não deu muita bola para a decisão da Rolls-Royce e diz que terá uma solução para o problema ainda neste ano.
- Suas estimativas de ter o avião voando em testes em 2026 e em operação comercial em 2029 são contestadas por analistas.
Em números: especula-se que cada um dos aviões custe cerca de US$ 200 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão). A velocidade projetada é de 1,7 vezes a velocidade do som, pouco mais de 2.000 km/h.
- A passagem custaria cerca de US$ 5.000 (R$ 25,6 mil), topo do que é cobrado hoje para a classe executiva.
Dê uma pausa
- Para assistir: "We Need to Talk About A.I." (Precisamos Falar sobre IA) - no Star+.
O documentário de 2020 recém chegado ao streaming entrevista os principais especialistas em inteligência artificial para esquentar a discussão sobre o futuro dessa ferramenta cada vez mais desenvolvida e demandada pelo mercado.
- Quais os riscos que o futuro da inteligência artificial pode gerar à sociedade? E os benefícios?
- A diretora Leanne Pooley conversa com cientistas, engenheiros, filósofos e até com o diretor James Cameron, de "Avatar", para responder essas e outras questões.
- Esqueça a ideia de rebelião das máquinas sugerida pelos filmes de ficção científica. A discussão aqui fica em torno da capacidade das máquinas pensarem ou do preconceito embutido nos algoritmos, problemas que já existem, como vem mostrando a Folha.
Veja aqui os conteúdos sobre o assunto já produzidos pelo jornal.
Além da economia:
- Rainha Elizabeth 2ª: Além de 'The Crown', conheça outras produções sobre a família real.
- TV Folha: entenda em vídeo a reforma do Museu do Ipiranga.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.