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iPhone sem carregador? Não pode mais
O Ministério da Justiça e Segurança Pública proibiu a Apple de vender smartphones sem carregador de bateria nas versões a partir do iPhone 12.
A companhia americana também foi multada em R$ 12,3 milhões por tratar-se de "prática discriminatória sobre os consumidores realizada de forma deliberada", segundo a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor). A Apple pode recorrer.
Entenda: a Apple parou de incluir o carregador na caixa dos smartphones vendidos no país a partir de 2020, no lançamento do iPhone 12.
- Na caixa, vem apenas o cabo de USB‑C para Lightning e com adaptadores de energia USB-C e portas de computador. O carregador custa R$ 191 na loja oficial.
- A empresa atribui a decisão a "parte dos esforços para neutralizar as emissões de carbono até 2030". Nesta quarta, a big tech promove o lançamento mundial do iPhone 14.
Procons na cola da Apple: os órgãos estaduais de defesa do consumidor têm questionado a decisão da companhia desde 2020.
- Em maio deste ano, a Senacon havia orientado mais de 900 Procons de todo o país a abrir processos administrativos contra a Apple e a Samsung, por conta da venda de aparelhos sem os carregadores de bateria.
Vem aí o carregador padrão? A ideia de adoção de um carregador padrão para os smartphones de todas as marcas tem ganhado força no Brasil e na Europa.
- Por aqui, a Anatel abriu consulta pública em junho para uma proposta de modelo único de carregadores de USB tipo C para celulares.
- No mesmo mês, a União Europeia anunciou um acordo para que smartphones, tablets e outros dispositivos portáteis vendidos no bloco adotem apenas o carregador de USB tipo C a partir de 2024.
Mercedes vai demitir 3.600 em SP
A Mercedes-Benz anunciou nesta terça a demissão de 3.600 trabalhadores de sua fábrica de caminhões e chassis de ônibus em São Bernardo do Campo (SP), com a terceirização de parte da operação.
A montadora atribuiu a medida à pressão dos custos e à transformação da indústria automobilística.
Ela comunicou que as atenções serão centradas em atividades prioritárias para a empresa, que são a fabricação de chassis de ônibus, caminhões e o desenvolvimento de tecnologias e serviços para o futuro.
Em números: do total de desligamentos, serão demitidos 2.200 trabalhadores da unidade e cerca de outros 1.400 profissionais não terão seus contratos temporários renovados a partir de dezembro de 2022.
- A fábrica tem 6.000 trabalhadores na produção e entre 8.000 e 9.000 no total, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC. A diretoria da entidade marcou uma assembleia com os trabalhadores para a próxima quinta (8).
Série de fechamentos: outras montadoras com fábricas no estado de São Paulo anunciaram nos últimos anos o fim das atividades ou uma reestruturação.
- Em 2019, o fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo foi um dos primeiros passos para a saída da montadora do país, anunciada em 2021.
- A própria Mercedes vendeu no ano passado uma planta em Iracemápolis (SP), onde eram produzidos automóveis de luxo, à chinesa Great Wall Motors.
- Em abril deste ano, a Toyota decidiu fechar sua fábrica em São Bernardo do Campo, a primeira fora do Japão.
- A Caoa Cherry anunciou em maio a interrupção da produção de veículos em sua principal planta no país, em Jacareí (SP), para adaptar a unidade à produção de carros híbridos e elétricos.
Por que bitcoin tem variado pouco
Um dos ativos mais voláteis entre aqueles mais conhecidos pelos investidores, o bitcoin vem desde junho sem operar muito distante do patamar de US$ 20 mil (R$ 104 mil).
Já o ethereum, a segunda cripto com maior valor de mercado, subiu 50% desde o início de julho.
O que explica: a baixa movimentação na cotação do bitcoin acontece durante o "inverno" do setor, caracterizado pela fuga de investidores diante do processo de aperto de juros promovido pelo Federal Reserve, o banco central americano.
- O ethereum é uma das poucas exceções porque está próximo de um processo há muito esperado para a cripto. A atualização de protocolo, projetada para a próxima semana, poderá fazer com que sua mineração consuma menos energia e seja mais escalável.
Apesar da disparada recente que atraiu muito capital especulativo, o ano do ethereum é tão ruim quanto o do bitcoin. As duas despencam mais de 60% desde o início de 2022.
Alertas do BC derrubam Bolsa
Duas declarações de membros do Copom, o Comitê de Política Econômica do Banco Central, deram o tom nesta terça na Bolsa brasileira e derrubaram o Ibovespa. O índice caiu 2,17%, aos 109.763 pontos, no maior recuo diário desde 17 de junho.
- Na segunda (5), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reforçou que a batalha contra a inflação "não está ganha" e repetiu que a autoridade monetária não pode "baixar a guarda".
- Na terça, foi a vez do diretor de política monetária da autarquia, Bruno Serra, afirmar que a piora da percepção do mercado sobre a inflação de 2024 deve fazer com que o BC mantenha "a guarda alta" nos próximos trimestres
A reação do mercado: os analistas interpretaram os alertas no sentido de que o Copom não cortará tão cedo a Selic, hoje em 13,75% e que pode ir a 14% na próxima reunião.
- Isso valorizou os contratos de juros futuros, que costumam apresentar um desempenho no sentido oposto das ações na Bolsa. Quando eles sobem, tornam o investimento na renda fixa mais atraente.
- O impacto maior é observado nos papéis de empresas que dependem de crédito mais barato para lucrar mais, caso de varejistas e de construção civil, por exemplo. MRV (-8,51%) Magalu (-7,41) e Via (- 7,67%) tiveram o pior desempenho no dia.
O dólar subiu 1,72%, a R$ 5,24 refletindo a aversão a risco global que valorizou a moeda americana. Dados de serviços nos EUA mostraram resiliência e indicaram que a batalha contra a inflação por lá ainda está longe de acabar.
Mais sobre mercado financeiro:
As ações da T4F (Time for Fun), empresa responsável pelos shows do Justin Bieber no Brasil, despencaram 5,83% com a notícia do cancelamento das exibições do cantor. Na segunda, os rumores que apontavam nesse sentido já tinham derrubado os papéis em 6,05%.
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