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Edição da newsletter FolhaMercado tem perguntas sobre decisão da Opep+, instabilidade nas ações de grande banco mundial, compra do Twitter por Musk e mais

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Quem apoia quem na economia

A definição de um segundo turno na disputa presidencial deu largada a uma sequência de anúncios de apoios não apenas no mundo político, mas também entre atores importantes da economia nacional —analistas, pesquisadores, técnicos, executivos e empresários.

Nesta quinta (6), os economistas Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, e Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), anunciaram apoio à candidatura do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).

Do lado do atual mandatário Jair Bolsonaro (PL), estão associações de empresários do agronegócio paulista (Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e setores do empresariado.

Veja quem mais na economia já anunciou apoio público aos candidatos:

Lula:

  • Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central.
  • Persio Arida, que também participou da formulação do Real e foi presidente do BC.
  • Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda no governo Temer (MDB) e ex-presidente do BC sob Lula
  • Grupos de economistas ligados a universidades públicas e privadas também participaram da campanha de adesão à candidatura petista. Entre eles, estão os colunistas da Folha Michael França e Sergio Firpo.

Bolsonaro:

  • Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil na atual gestão.
  • Helio Beltrão, presidente do instituto Mises Brasil e colunista da Folha.
  • Roberto Justus, empresários e apresentador.
  • Luciano Hang, dono da Havan. Ele e outros empresários, como José Isaac Peres, da Multiplan, Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu, estavam em um grupo de WhatsApp em que se defendeu um golpe caso Lula vença a eleição.

O golpe da compra fantasma

O cliente aproxima ou insere o cartão na maquininha, coloca a senha, e uma mensagem de erro aparece. Em uma nova tentativa, a transação é efetuada. Na grande maioria das vezes, o que ocorreu foi um problema técnico.

Em alguns casos, porém, o que houve foi um golpe.

Entenda: nesse tipo de crime, criminosos se passam por funcionários da adquirente (empresa de maquininha) ao ligarem para o lojista e solicitarem o download de um arquivo para uma suposta atualização dos sistemas.

  • Esse arquivo acessa o computador a distância, e os criminosos então instalam no software de pagamentos o Prilex, que afeta os pagamentos nas máquinas conectadas ao sistema.
  • Quando aparece a mensagem de erro, na verdade a transação foi realizada para uma conta fantasma. A segunda compra é que vai para a verdadeira loja, para evitar logo de cara uma suspeita de golpe.
  • A marca do crime só aparece na fatura do cartão do cliente, com duas compras feitas no mesmo valor.

A Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) diz que o Prilex é conhecido e combatido em sistemas de pagamentos e não é capaz de comprometer a segurança do chip.

  • Segundo a entidade, esse tipo de evento foi identificado em apenas um tipo de sistema, que gerou rápida mobilização por parte das empresas para implementar mecanismos capazes de neutralizar a ação.

O que fazer? Para os lojistas, a recomendação é confirmar a identidade do profissional que está ligando em nome da adquirente. Para o consumidor, é sempre conferir a fatura do cartão e entrar em contato com a central de atendimento quando encontrar um problema.

Outros golpes revelados pela Folha:


Dê uma pausa

  • Para assistir: "O Escândalo da Wirecard" - na Netflix

Em um país conhecido por suas empresas centenárias e tradicionais, faltava à Alemanha uma novata que acompanhasse a onda de tecnologia vista com as americanas no Vale do Silício.

É aí que entra a Wirecard, fintech que chegou a valer 24 bilhões de euros (R$ 122 bilhões) e cuja derrocada após uma sequência de fraudes é tema de documentário recém-lançado pela Netflix.

Entenda: a Wirecard era uma processadora de pagamentos que se tornou uma queridinha do mercado financeiro alemão mesmo com seu histórico ligado a clientes obscuros, como sites de pornografia e de jogos de azar.

  • A partir de 2015, uma série de reportagens publicadas pelo jornalista Dan MacCrum, do Financial Times, começou a revelar que os números apresentados no balanço da companhia não fechavam.
  • Mas o declínio da empresa não começou nesse ano, mostra o documentário. A fintech rebateu, disse que as acusações eram infundadas, e que elas foram fabricadas por fundos que estavam "short" nas ações da companhia (quando investidores apostam na queda dos papéis).
  • A maior parte do mercado engoliu a desculpa da Wirecard e passou a duvidar dos jornalistas.

Foi só quando as autoridades alemãs analisaram de perto as operações da companhia na Ásia, que na verdade eram praticamente criadas no Excel, que o negócio desmoronou, em 2020.

  • Na época, a fintech confirmou que cerca de 2 bilhões de euros em seu balanço simplesmente não existiam, e suas ações viraram pó.

Boa parte desses esquemas também está na série humorística alemã "Rei dos Stonks", outra da Netflix. A produção, porém, nega que seu enredo seja uma imitação do que aconteceu na Wirecard.


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