Novos controles de exportação impostos pelos Estados Unidos e direcionados a fabricantes de chips chineses são um abuso de medidas comerciais e projetados para manter a "hegemonia tecnológica" do país, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, neste sábado (8).
O governo dos EUA publicou um amplo conjunto de controles de exportação na sexta-feira (7), incluindo uma medida para cortar o acesso da China a certos microprocessadores fabricados em qualquer lugar do mundo com equipamentos dos EUA.
"Os Estados Unidos só vão se machucar e se isolar quando suas ações saírem pela culatra", disse Mao em comunicação de rotina com a imprensa.
As medidas adotadas pelo país norte-americano são uma tentativa de estabelecer o domínio sobre computação avançada e tecnologia de semicondutores que são essenciais para as ambições militares e econômicas da China.
O pacote de restrições é projetado em grande parte para retardar o progresso dos programas militares chineses, que usam supercomputação para modelar explosões nucleares, dirigir armas hipersônicas e estabelecer redes avançadas para vigiar dissidentes e minorias, entre outras atividades.
Em entrevista ao jornal The New York Times, Alan Estevez, subsecretário de Comércio para indústria e segurança, disse que seu gabinete está trabalhando para impedir que tecnologias sensíveis com aplicações militares sejam adquiridas pelos serviços militares, de inteligência e de segurança da China.
"O ambiente de ameaças está sempre mudando, e estamos atualizando nossas políticas hoje para garantir que estamos enfrentando os desafios apresentados pela RPC enquanto continuamos nosso contato e coordenação com aliados e parceiros", disse ele, referindo-se à República Popular da China.
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