Descrição de chapéu Apple

Fábrica chinesa de iPhone aumenta bônus para funcionários que ficarem confinados

Fortes restrições para conter contágios por Covid seguem em vigor na China

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Pequim | AFP

A maior fábrica de iPhones do mundo, no centro da China, disse a seus funcionários nesta terça-feira (1º) que quadruplicaria seus bônus se eles permanecerem na fábrica, depois que muitos trabalhadores fugiram do confinamento na instalação devido a um surto de Covid.

A fábrica da Foxconn, em Zhengzhou, que emprega mais de 200 mil pessoas, está fechada desde meados de outubro após a detecção de um surto de coronavírus. A empresa garante que realiza testes diários em seus funcionários e os mantém em um círculo fechado.

Fachada da Foxconn em Taipei, Taiwan - Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Mas os trabalhadores denunciam nas redes sociais chinesas as más condições de trabalho e medidas sanitárias inadequadas para os trabalhadores não contaminados.

Vídeos divulgados no fim de semana na internet mostram funcionários da Foxconn fugindo da empresa, até com malas na mão, para voltar para casa a pé e evitar o confinamento decretado em razão da Covid.

A fábrica da Foxconn em Zhengzhou afirmou em seu perfil oficial do WeChat que, a partir de segunda-feira, os funcionários receberão um bônus diário de 400 yuanes (R$ 285) por se apresentarem ao trabalho, quatro vezes o subsídio anterior de 100 yuanes por dia.

Os funcionários também receberão bônus adicionais se comparecerem ao trabalho por 15 dias ou mais em novembro, até 15 mil yuanes (R$ 10,720) se registrarem presença total neste mês.

A Foxconn, que fornece iPhones para a Apple, sediada nos Estados Unidos, prometeu fazer mais para ajudar seus funcionários e disse que organizará transporte para levar os funcionários para casa se quiserem sair.

Os governos locais da área ao redor da cidade pediram aos trabalhadores em fuga que se registrem junto às autoridades se voltarem para casa, para completar uma quarentena de vários dias ao chegar.

A China é a última grande economia a manter uma estratégia de Covid zero, com confinamentos, testes em massa e extensas quarentenas para erradicar surtos. Mas novas variantes de rápida disseminação dificultaram a detecção precoce dos casos.

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