Funcionários da Starbucks planejam greve em mais de 100 lojas nos EUA

Paralisação organizada pelo sindicato SWU coincide com início de campanha de marketing da empresa

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Washington | AFP

Funcionários de mais de 100 lojas da rede Starbucks nos Estados Unidos planejam parar seus trabalhos nesta quinta-feira (17) para protestar contra o que consideram táticas antissindicais da empresa.

Batizada de "rebelião dos copos vermelhos", a greve de um dia organizada pelo sindicato SWU coincide com uma grande jogada de marketing da rede, que pretende distribuir gratuitamente um copo vermelho reutilizável para os clientes que comprarem uma bebida em um dos milhares de estabelecimentos.

Trabalhadores da Starbucks fazem greve nesta quinta (17) em San Francisco, na Califórnia - Justin Sullivan/Getty Images via AFP

No lugar dos copos da marca, os trabalhadores distribuirão copos vermelhos do sindicato, informou o SWU (Starbucks Workers United), que representa quase 7.000 funcionários nos Estados Unidos.

A medida é uma "resposta às táticas antissindicais da Starbucks e sua recusa em negociar", disse o sindicato em um comunicado.

A organização acrescentou que os trabalhadores exigem o direito de organizar um sindicato livre de intimidação e medo.

"A menos que a Starbucks venha para a mesa e negocie de boa fé um contrato justo, podemos contar que isso voltará a acontecer", disse o sindicato.

Cartaz de procurado do CEO da Starbucks, Howard Schultz, durante greve dos trabalhadores de lojas da empresa nesta quinta (17) - Justin Sullivan/Getty Images via AFP

Um grupo de funcionários da Starbucks na cidade de Buffalo, no norte dos Estados Unidos, surpreendeu no final de 2021 ao criar o primeiro sindicato em local administrado diretamente pela rede no país. Mais de 260 estabelecimentos aderiram ao SWU desde então.

O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB, na sigla em inglês), com atuação federal, já emitiu dezenas de reclamações e queixas contra a Starbucks. Em agosto, um juiz ordenou que a empresa recontratasse sete funcionários de uma franquia de Memphis, Tennessee, demitidos por tentar se sindicalizar.

A Starbucks não respondeu imediatamente a um pedido da AFP de comentários sobre a greve organizada nesta quinta-feira (17).

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