The New York Times Company ganha 180 mil assinantes digitais

Receita com novas assinaturas superou prejuízos do The Athletic, adquirido pela companhia em janeiro

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Katie Robertson
Nova York | The New York Times

A The New York Times Co. anunciou na quarta-feira (2) que ganhou 180 mil assinantes digitais no segundo trimestre e elevou sua projeção de lucro para este ano.

A empresa afirmou que a receita adicionada pelos novos assinantes compensou a alta nos custos operacionais do The Athletic, site de notícias esportivas que o The New York Times comprou em janeiro.

Em termos gerais, a companhia registrou um lucro operacional ajustado de US$ 69 milhões (R$ 347,4 milhões) no trimestre, acima dos US$ 65 milhões registrados no período um ano atrás. O The Athletic teve prejuízo de US$ 9,6 milhões (R$ 48,3 milhões) no período, e de US$ 29 milhões desde que foi adquirido.

Prédio do The New York Times na cidade de Nova York, - Angela Weiss - 30.jun.20/AFP

Meredith Kopit Levien, presidente-executiva da The New York Times Co., disse que a empresa espera fechar o ano com o lucro operacional ajustado entre US$ 320 milhões e US$ 330 milhões (R$ 1,6 bilhão e R$ 1,66 bilhão), o que fica próximo do limite mais alto da faixa projetada em fevereiro.

O foco da estratégia da empresa é criar pacotes de seus produtos digitais, que incluem os sites Cooking, Wirecutter e agora The Athletic, somados ao seu produto jornalístico básico. A expectativa é de que os leitores se disponham a pagar mais para ter acesso a mais de um produto.

A ValueAct, uma empresa de investimento ativista, anunciou em agosto que havia adquirido 7% das ações ordinárias da The New York Times Co. e que pressionaria a organização jornalística a promover com mais vigor seus pacotes de assinaturas.

Levien informou que a empresa havia ultrapassado a marca de um milhão de assinantes de pacotes de conteúdo.

Este é o segundo trimestre consecutivo em que a The New York Times Co. conquista 180 mil assinantes novos para seus produtos digitais de todos os tipos. A empresa agora tem um total de 9,33 milhões de assinantes, e eles respondem por 10,75 milhões de assinaturas pagas, de produtos impressos e digitais. O grupo continua bem encaminhado quanto à sua meta de atingir a marca de 15 milhões de assinantes até o final de 2027.

"A história mais importante do nosso terceiro trimestre foi o progresso contínuo na venda de pacotes, com provas crescentes de que nossa estratégia está funcionando", afirmou Levien em um comunicado. "Foi o nosso melhor trimestre em termos de vendas líquidas de novos pacotes."

Os custos operacionais da The New York Times Co. cresceram em 9,5% com relação ao ano anterior, para US$ 503,8 milhões. A empresa gastou 24% a mais no desenvolvimento de produtos do que no mesmo trimestre do ano passado, enquanto os custos de vendas e marketing caíram em 22,7%, para US$ 64,7 milhões. A empresa também contratou funcionários adicionais para suas redações.

Embora o mercado publicitário esteja se desacelerando diante dos temores da recessão, a The New York Times Co. teve uma alta de 4,9% em sua receita de publicidade digital, para $70,3 milhões, ante o período em 2021, ainda que a publicidade em mídia impressa tenha caído. A alta nos anúncios digitais se deve em parte ao The Athletic, que recentemente começou a veicular publicidade. No total, a receita publicitária caiu em 0,4%, para US$ 110,5 milhões.

A The New York Times Co. prevê crescimento de 17% a 20% na receita com assinaturas do quarto trimestre de 2022, mas espera que a receita total de publicidade caia em cerca de 5% no período.

Tradução de Paulo Migliacci

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