Descrição de chapéu Silicon Valley Bank

Índia, Israel e Reino Unido buscam proteger empresas da crise do SVB

Governos temem que setor de tecnologia seja afetado por colapso do Silicon Valley Bank

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Jerusalém, Londres e Mumbai | Reuters

Neste domingo (12), os governos do Reino Unido, Índia e Israel anunciaram que estudam medidas para conter danos gerados pelo colapso do SVB (Silicon Valley Bank).

O SVB entrou em colapso na sexta (10) depois que os clientes, preocupados com a saúde financeira do banco, começaram a retirar seus depósitos. O movimento levou a uma perda de mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado por bancos dos Estados Unidos nos últimos dias.

Há a expectativa de que o governo dos EUA anuncie uma medida de peso ainda neste domingo, para evitar maiores problemas na reabertura dos mercados, na segunda-feira (13).

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, durante reunião ministerial em Jerusalém neste domingo (12) - Maya Alleruzzo/Reuters

No Reino Unido, onde o SVB tem uma subsidiária local, o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, disse que está trabalhando com o premiê Rishi Sunak e o BoE (Bank of England) para evitar e reduzir danos.

"Muito em breve, vamos apresentar planos para garantir que as pessoas consigam obter fluxo de caixa para pagar seus funcionários", disse Hunt à Sky News.

Mais de 250 empresas britânicas de tecnologia assinaram uma carta no sábado pedindo por uma ação do governo sobre a questão.

A consultoria Rothschild & Co está explorando opções para o Silicon Valley Bank UK Limited, segundo pessoas próximas ao caso ouvidas pela Reuters. Neste domingo, o Bank of London fez uma oferta para adquirir a filial britânica do SVB. O negócio depende de aval das autoridades do Reino Unido.

Em Israel, o setor de tecnologia é um dos principais motores da economia e tem laços fortes com o Vale do Silício. Empresas de origem israelense como Compugen, Nextvision e Qualitau disseram ter recursos no SVB, mas em quantidades relativamente baixas, de até US$ 20 milhões cada.

O premiê Binyamin Netanyahu prometeu ajudar empresas locais que tenham problemas com a crise. "Temos uma obrigação de tentar proteger estas companhias, cujas operações principais estão em Israel, e seus empregados", disse, em reunião com ministros.

"Estamos examinando o caso de perto e monitorando tanto as consequências imediatas quanto as que podem vir em ondas seguintes", afirmou Yair Avidan, supervisor de bancos no Banco de Israel.

O país criou uma equipe interministerial para monitorar o caso e desenvolver respostas à crise. A bolsa de Tel Aviv (TASE) teve queda de 4% neste domingo.

Na Índia, o ministro de Tecnologia prometeu conversar com empresários sobre a crise. "Vou me encontrar com startups indianas para entender o impacto nelas e como o governo pode ajudar durante a crise", escreveu Rajeev Chandrasekhar, ministro de Tecnologia, no Twitter.

A Índia tem um dos maiores mercados de startups do mundo, com muitas empresas avaliadas em bilhões de dólares que receberam aportes estrangeiros vultuosos.

"Especialmente para fundadores indianos, que montaram empresas nos EUA e levantaram suas rodadas iniciais lá, o SVB era o banco padrão. A incerteza está matando eles. As [empresas] mais desenvolvidas estão relativamente seguras, conforme diversificaram", disse Ashish Dave, presidente da Mirae Asset Venture Investments.

Neste domingo, a secretária de Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que está trabalhando na questão, mas descartou um resgate de grandes proporções. "Durante a crise financeira [de 2008], houve investidores e bancos grandes que foram resgatados, e as reformas que foram feitas significam que não vamos fazer isso de novo", disse, à CBS.

"Mas estamos preocupados com os correntistas e focado em tentar atender às suas necessidades", completou, sem detalhar até onde pode ir essa ajuda.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.