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Turbulência bancária ameaça crescimento da América Latina, diz economista do BID

Eric Parrado defende, porém, que região tem "resiliência" para enfrentar este tipo de choque

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Milagro Vallecillos Jackie Botts
Cidade do Panamá e Cidade do México | Reuters

A América Latina pode registrar crescimento econômico zero este ano se a crise bancária nos Estados Unidos e na Europa "se espalhar para o mundo inteiro", disse no domingo (19) o economista-chefe do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Eric Parrado.

A autoridade, que falou durante a conferência anual da organização na Cidade do Panamá, explicou que o BID continua otimista de que na região "temos resiliência para enfrentar esses tipos de choques."

O presidente do BID, Ilan Goldfajn, disse na quarta-feira (15) que a América Latina tem um sistema financeiro "muito resiliente e bem administrado".

Logo do BID em convenção na Cidade do Panamá - Carlo Jasso - 13.mar.2013/Reuters

As ações e moedas da região caíram na quarta-feira, com os investidores preocupados com a estabilidade do banco suíço Credit Suisse após a falência do Silicon Valley Bank.

Se a crise bancária não se espalhar para a região, o BID prevê um crescimento de 1% em 2023 e 1,9% em 2024, significativamente abaixo do crescimento de 3,9% em 2022, que foi melhor do que o esperado.

Parrado disse que as estimativas de crescimento mais baixas se devem em parte à demanda mundial reduzida, preços mais altos de matérias-primas e taxas de juros elevadas para conter a inflação.

Embora a inflação anual média na região tenha começado a diminuir, ela atingiu 9,6% em julho de 2022, a maior marca desde a crise financeira global de 2008, segundo o BID.

Enquanto os bancos centrais continuam a manter ou apertar a política monetária, o BID aconselhou os países a priorizar subsídios para os setores mais pobres e incentivar o investimento em infraestrutura e emprego formal, enquanto controlam os índices da dívida pública.

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