No organograma do Banco Central (BC), abaixo da presidência, hoje ocupada por Roberto Campos Neto, há 8 diretorias, das quais 2 estavam aguardando indicações de novos nomes. São elas a diretoria de Política Monetária e a de Fiscalização, cujos mandatos dos atuais diretores expiraram em 28 de fevereiro.
Para as cadeiras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Rodolfo Fróes para assumir o posto de diretor de Política Monetária do Banco Central e Rodrigo Monteiro para ser titular da área de Fiscalização da instituição, segundo fontes do governo e do mercado financeiro ouvidas pela Folha.
Pelo cronograma do BC, os próximos mandatos a expirar são de Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e de Mauricio Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta —ambos em 31 de dezembro deste ano.
Veja abaixo o calendário:
Nome | Cargo | Fim do mandato |
---|---|---|
Bruno Serra | Diretor de Política Monetária | 08/02/2023 |
Paulo Souza | Diretor de Fiscalização | 28/02/2023 |
Fernanda Guardado | Diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos | 31/12/2023 |
Mauricio Moura | Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta | 31/12/2023 |
Otavio Damaso | Diretor de Regulação | 31/12/2024 |
Carolina de Assis Barros | Diretora de Administração | 31/12/2024 |
Roberto Campos Neto | Presidente | 31/12/2024 |
Renato Dias de Brito Gomes | Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução | 31/12/2025 |
Diogo Guillen | Diretor de Política Econômica | 31/12/2025 |
Em dezembro do ano que vem, terminam os mandatos de Campos Neto, do diretor de Regulação, Otavio Damaso, e da diretora de Administração, Carolina de Assis Barros.
A lei também de autonomia do BC, aprovada em 2021, determina mandatos fixos de quatro anos ao presidente e aos diretores da autarquia, que podem ser renovados apenas uma vez e não são coincidentes com o do presidente da República.
Segundo a legislação, cabe ao presidente da República a indicação dos nomes dos diretores.
Posteriormente, eles passam por sabatina no Senado Federal. O chefe da autarquia pode designar uma diretoria diferente daquela para a qual um nome foi originalmente indicado pelo presidente.
A oficialização de quem assumirá a presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) também pesa sobre os próximos passos da discussão.
O mais forte argumento a favor do modelo de gestão se baseia no fato de o mandato fixo ter como objetivo blindar o BC de interferências políticas.
A ideia inicial do governo Lula era discutir a escolha com Campos Neto, que, por sua vez, tinha a expectativa de tomar uma decisão em consenso com a gestão Lula.
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