Airbus recupera liderança sobre Boeing; entenda disputa

Francesa entregou 54 aviões em abril, somando 181 aeronaves até o momento neste ano; americana entregou 26, somando 156

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Tim Hepher Oliver Griffin Valerie Insinna
Paris e Washington | Reuters

A Airbus entregou 54 aviões em abril, somando 181 aeronaves até o momento neste ano, uma queda de 5% em relação ao mesmo período no ano anterior, mas o suficiente para restabelecer a liderança no setor sobre a rival norte-americana Boeing, mostraram dados da empresa nesta terça-feira (9).

A maior fabricante de aviões do mundo ainda vendeu cinco aeronaves em abril, todos para empresas não reveladas ou clientes privados, levando o total de novas encomendas neste ano para 161 jatos, ou um total líquido de 144 após cancelamentos.

A Boeing, que havia ultrapassado a Airbus nas entregas em meio a problemas de oferta no primeiro trimestre, disse mais cedo que entregou 156 jatos no primeiro trimestre de 2023.

Boeing 737 MAX, a aeronave mais vendida da empresa americana - Peter Cziborra - 20.jul.2022/Reuters

As entregas da Boeing caíram para 26 aviões em abril, menos da metade do total registrado no mês anterior, depois que um defeito de fabricação forçou a empresa a interromper alguns envios de seu jato mais vendido, o 737 MAX.

Os envios a clientes do MAX, que subiram para 52 jatos em março, caíram para 17 no mês passado, levando as entregas da fabricante norte-americana ao patamar mais baixo desde julho de 2022. O volume também foi menor que os 35 aviões entregues em abril do ano passado.

Os dados mensais da Airbus revelaram ainda três novos cancelamentos de jatos A320neo encomendados pela Viva Air, companhia aérea da Colômbia que está sendo absorvida pela Avianca, a principal companhia aérea do país.

A Airbus se recusou a fornecer comentários detalhados sobre sua carteira de pedidos. A Avianca não estava imediatamente disponível para comentar.

A Airbus planeja fazer 720 entregas este ano. A empresa já havia almejado esse patamar em 2022, antes de reduzir para 700 e depois abandonar a meta completamente por problemas na cadeia de abastecimento.

A Boeing recebeu 13 encomendas líquidas, após contabilizar 21 pedidos cancelados, incluindo um acordo de venda e arrendamento de três MAXs para a BOC Aviation.

Além dos MAXs, a Boeing também entregou seis Dreamliners 787, um cargueiro 767, um cargueiro 777 e um jato 737-800 à sua divisão de defesa para serem convertidos em avião de patrulha marítima P-8 Poseidon para a Coreia do Sul.

O mais recente impedimento às entregas da Boeing envolve dois suportes que conectam a seção traseira da fuselagem do MAX com a cauda vertical, que foram instalados incorretamente pela fabricante de fuselagens Spirit AeroSystems.

A Boeing estima que cerca de 75% dos 225 MAXs em seu inventário possuem suportes que precisarão ser reinstalados antes que os clientes possam receber as aeronaves.

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