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LinkedIn demite e sai da China
O LinkedIn disse na segunda (8) que vai cortar 716 vagas a nível global e encerrar sua plataforma voltada aos usuários chineses.
O CEO da empresa, Ryan Roslansky, disse que as demissões são para simplificar as operações da empresa e remover camadas para ajudar a tomar decisões mais rápidas. Ele ainda afirmou que as mudanças criarão 250 empregos.
A empresa de 20 mil funcionários que pertence à Microsoft é a mais nova a se juntar à leva de demissões em grandes companhias de tecnologia que começou no ano passado.
- Nos últimos seis meses, mais de 270 mil empregos no setor em todo o mundo foram cortados, de acordo com o Layoffs.fyi.
Saída da China: citando um ambiente desafiador, a empresa decidiu limitar sua operação no país em 2021, deixando no mercado local o InCareer, uma plataforma com menos recursos em relação ao LinkedIn.
- Agora, essa alternativa será descontinuada até 9 de agosto em meio a "uma competição acirrada e um clima macroeconômico desafiador", disse o CEO Roslansky.
Maior aérea da Europa faz as pazes com Boeing
A Ryanair, maior companhia aérea europeia em número de passageiros, e a fabricante americana Boeing deram um fim a uma longa briga ao anunciarem nesta terça um contrato de fornecimento de até 300 aeronaves.
O acordo para os jatos de passageiros 737 Max 10, previstos para serem entregues entre 2027 e 2033, foi avaliado em mais de US$ 40 bilhões a preços de tabela, mas as fabricantes costumam dar descontos significativos em grandes encomendas.
Entenda a briga: o CEO da Ryanair, Michael O'Leary, passou grande parte dos últimos 18 meses criticando a Boeing por seus preços e problemas de produção que levaram a atrasos e contratempos na entrega de aeronaves.
- "É tipo um casamento", disse O'Leary nesta terça. "Temos brigas e separações ocasionais e depois nos beijamos e reconciliamos".
A Ryanair afirma que o novo pedido permitirá aumentar seu tráfego em 80% na próxima década. Também disse que os 737 Max 10 comportam mais passageiros, gastam menos combustível e são mais silenciosos que os 737 que serão substituídos.
Airbus x Boeing
A notícia da encomenda é positiva para a fabricante americana, que vê sua maior rival, a francesa Airbus, superá-la no número de entregas de aeronaves neste ano.
A Boeing passou por problemas em abril, quando entregou menos da metade dos aviões do mês anterior por causa de um defeito de fabricação que a forçou a interromper alguns envios de seu jato mais vendido, o 737 MAX.
Madero em Congonhas
Depois dos anos 2020 e 2021 ruins para os negócios, o Madero resolveu diminuir o ritmo de inaugurações de novas lojas para frear gastos e focar na redução de seu endividamento.
Esse movimento, porém, será interrompido para abrir a primeira unidade da rede no aeroporto de Congonhas, local cobiçado por grandes marcas no país.
- Com 155 metros quadrados e 40 lugares, o restaurante fica na área de embarque do terminal e deve abrir as portas no dia 11 de maio.
- Para Junior Durski, o diferencial será o preço. Ele promete que a rede irá praticar no aeroporto os mesmos valores de outros lojas.
Relembre a crise do Madero: afetado pelas restrições de circulação provocadas pela pandemia, que foram criticadas na época por Durski, a rede acabou vendo seu endividamento disparar.
- Antes da crise sanitária, a companhia até previa um IPO em Nova York para maio de 2020, mas teve que adiar seus planos.
Após registrar prejuízo R$ 249 milhões em 2020 e chegar a colocar em dúvidas a continuidade do negócio, o Madero recebeu em 2021 um aporte de R$ 300 milhões do grupo Carlyle, que hoje tem 34,4% das ações da rede.
- Em 2022, o investimento em novos restaurantes recuou 43,3% em relação ao ano anterior, para R$ 105,8 milhões.
- A dívida líquida sobre o Ebitda (indicador de geração de caixa), uma relação usada para medir a capacidade de pagar a dívida, saiu dos 3,55 em 2021 e melhorou para 2,53 – a meta era 3.
O IPO que não saiu em 2020 e nem em 2021 ainda está nos planos, mas, para Durski, não ocupa um papel central nas decisões que toma.
Crédito público cresce com juros altos
Pela primeira vez desde 2016, a carteira de crédito dos bancos públicos subiu mais que a dos bancos privados em um recorte de um ano, conforme dados divulgados pelo Banco Central.
Em números: nos 12 meses encerrados em março, a expansão do crédito dos bancos públicos foi de 13,78%, acima dos 10,89% dos privados de controle nacional (exclui instituições de natureza estrangeira, como o Santander).
Embora o atual governo tenha uma agenda de incentivo ao crédito de instituições estatais, o resultado não se justifica só por isso, porque a maior parte do recorte de 12 meses considera ainda a administração anterior.
O que explica a inversão:
O crédito direcionado passou a ser mais procurado diante do atual patamar da Selic.
- Esse tipo de empréstimo tem condições especiais, como as linhas para agronegócio e habitação, especialidades de BB (Banco do Brasil) e Caixa, respectivamente.
Por outro lado, a demanda pelo crédito livre acaba freada pela alta dos juros.
- Os bancos também seguram parte da oferta por causa do risco de aumento da inadimplência –cenário que foi agravado pelas crises de grandes empresas.
Por que importa: enquanto o BC deixa os juros em patamar alto para resfriar a economia –e a inflação –, medidas que estimulam o crédito de bancos públicos acabam indo na contramão desse esforço e demandando ainda mais aperto monetário.
- A autoridade monetária já disse em atas que o uso de políticas parafiscais para estimular a economia pode acabar reduzindo o efeito da política monetária.
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