O Goldman Sachs concordou em pagar US$ 215 milhões (R$ 1,06 bilhão) para resolver uma ação coletiva de longa duração que alega preconceito generalizado contra as mulheres tanto no pagamento quanto nas promoções, disse uma declaração conjunta da empresa e dos queixosos.
O acordo abrange cerca de 2.800 mulheres associadas e vice-presidentes que trabalharam nas unidades de banco de investimento, gestão de investimentos e valores mobiliários, de acordo com o comunicado na noite de segunda-feira (8).
O processo estava entre os casos de maior destaque sobre o tratamento desigual de mulheres em Wall Street.
O processo contra o Goldman teve início em 2010, quando as ex-executivas Cristina Chen-Oster e Shanna Orlich apresentaram uma queixa alegando que o banco lhes negava salários e promoções iguais por causa de seu gênero.
"Como uma das demandantes originais, tenho orgulho de apoiar este caso sem hesitação nos últimos 13 anos e acredito que este acordo ajudará as mulheres que eu tinha em mente quando abri o caso", disse Orlich em um comunicado.
O acordo forneceu "recuperações substanciais e certas para todos os membros da classe e avançou a equidade de gênero no Goldman", disse Kelly Dermody, co-advogada das demandantes.
O banco também contratará especialistas independentes para realizar análises adicionais sobre avaliações de desempenho e disparidades salariais entre homens e mulheres como parte do acordo, conforme o comunicado.
"Depois de mais de uma década de litígio vigoroso, ambas as partes concordaram em resolver este assunto", disse Jacqueline Arthur, chefe global de gerenciamento de capital humano do Goldman Sachs.
O banco estabeleceu metas em 2020 para maior diversidade nos recrutamentos, visando que 40% dos vice-presidentes sejam mulheres até 2025, afirmou em comunicado. Dos atuais sócios e diretores administrativos do Goldman, apenas 29% são mulheres.
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