Descrição de chapéu internet Facebook Meta

Google vai bloquear notícias no Canadá em resposta a projeto de lei

País aprovou na última semana projeto que exige que as big techs paguem às empresas de mídia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Ismail Shakil
Ottawa (Canadá) | Reuters

O Google disse nesta quinta-feira (29) que removerá os links para notícias canadenses dos resultados de pesquisa e de outros produtos da empresa quando a lei que exige que big techs paguem às empresas de mídia entrar em vigor no país.

O Google se junta à Meta, proprietária do Facebook, ao anunciar o fim do acesso às notícias para os usuários canadenses após a aprovação da Lei C-18, ou Lei de Notícias Online, na semana passada. A lei deve entrar em vigor em seis meses.

O ministro do Patrimônio, Pablo Rodriguez, que apresentou o projeto de lei no ano passado, afirmou que as plataformas não têm obrigações imediatas e que o governo está aberto a consultas sobre o processo regulatório e de implementação.

As empresas de mídia canadenses pediram por uma regulamentação mais rigorosa das empresas de tecnologia para evitar que seus negócios sejam expulsos mercado de publicidade online.

Logo do Google - Andrew Kelly/Reuters

"Informamos agora ao governo que, quando a lei entrar em vigor, infelizmente teremos que remover os links para notícias canadenses de nossos produtos de Busca, News e Discovery no Canadá", disse o Google no blog oficial.

"Não tomamos essa decisão ou seus impactos de forma leviana e acreditamos ser importante ser transparente com os editores canadenses e nossos usuários o mais cedo possível".

A lei estabelece regras para obrigar plataformas como o Facebook e o Google a negociar acordos comerciais e pagar aos editores de notícias pelo seu conteúdo, uma medida semelhante a uma lei aprovada na Austrália em 2021.

As empresas de tecnologia dos Estados Unidos afirmaram que as propostas são insustentáveis para seus negócios.

O Google argumentou que a lei do Canadá é mais abrangente do que as da Austrália e da Europa, afirmando que ela estabelece um preço para os links de notícias exibidos nos resultados de busca e pode se aplicar a veículos que não produzem notícias.

A gigante do mecanismo de busca propôs que o projeto de lei seja revisado para tornar a exibição de conteúdo de notícias, em vez de links, como base para pagamento e especificar que apenas empresas que produzem notícias e aderem a padrões jornalísticos são elegíveis.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.