Mudanças no texto da reforma tributária, Threads é lançado pela Meta e o que importa no mercado

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São Paulo

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Tributária deve ser votada hoje

Com alíquota zero para itens da cesta básica, uma trava contra o aumento da carga tributária e transições na mudança para o novo sistema, o texto da PEC da reforma tributária foi apresentado na noite desta quarta. A votação deve ser hoje (6).

Na versão anterior do texto, os produtos da atual cesta básica teriam desconto de 50% na tributação, gerando temores de aumento de carga —o que foi negado pelo governo e pelo Banco Mundial.

Uma das condições ara a votação do texto veio depois de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recuar da posição contrária ao Conselho Federativo.

Entenda: o órgão ficará responsável pelo recolhimento e repasse a estados e municípios do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) –o imposto de valor agregado que irá substituir o ICMS estadual e o ISS municipal.

Como a cobrança hoje é feita onde os produtos e serviços são produzidos e a reforma prevê que ela seja feita nos locais de consumo, a crítica maior foi dos estados onde há maior presença de fábricas ou que são mais ligados ao agro.



Agora, os governadores admitem a manutenção do Conselho Federativo, desde que haja uma mudança nas regras de composição do órgão.

  • A ideia deles é evitar que interesses de regiões com maior número de estados prevaleçam sobre as demais.
  • Uma das ideias em discussão é atrelar o poder de voto de cada ente a um critério populacional.
  • Os detalhes não apareceram no texto apresentado na quarta, mas devem vir em nova versão nesta quinta.


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Threads está no ar

A Meta antecipou o lançamento do Threads, rede criada para competir com o Twitter, e usuários já têm acesso ao app nas lojas de aplicativo da Apple e do Android desde a noite de ontem (5).

Como funciona: é bem parecido com a rede do passarinho. Você pode publicar conteúdo, responder a mensagens publicamente e repostar ou citar mensagens de outros usuários.

  • As publicações podem ter textos com até 500 caracteres, fotos e vídeos de até 5 minutos. Assim que você publica, seu…Thread? Fio? Mensagem?... Já aparece na timeline.
  • O acesso à plataforma é feito a partir da conta do Instagram do usuário, que pode optar por seguir todos seus contatos e importar foto e bio à nova plataforma.
  • O conteúdo publicado pode ser compartilhado no story ou como post do Instagram.
  • Quem acessa a plataforma vê as publicações de quem já segue na rede de fotos, mas também mensagens de outras pessoas que "viralizaram" no pouco tempo que a rede está no ar.

De fora: usuários de países da União Europeia não têm acesso ao Threads.

Na terça, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda —órgão que regula o tema na UE — afirmou que o Instagram não faria o lançamento dentro do bloco por inadequação à lei de privacidade do bloco.

Rede social aberta: a Meta disse que planeja tornar o Threads interoperável com outras redes sociais abertas, como o Mastodon.

  • A ideia é que usuários de plataformas diferentes possam interagir, semelhante ao formato do email (usuários de um provedor podem escrever para de outro).

Isso, porém, gera questionamentos sobre moderação de conteúdo. Haveria o risco de que publicações que não passariam pelo crivo da Meta possam aparecer no Threads a partir de outras redes sociais abertas? Ainda não há uma resposta para isso.


IA já é usada em armas

A IA (inteligência artificial) já está presente em armamentos militares e em guerras, mas ainda não é possível saber se o seu uso diminui o número de causalidades indesejadas ou se aumenta, afirma o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

A hipótese é defendida pelo think tank NSCAI (comissão de segurança nacional com foco em IA), ligado ao governo norte-americano, ao argumentar que armas autônomas são mais precisas.

O CCIV, porém, afirma que não há quantidade suficiente de dados para fazer tal afirmação.

Onde está a IA nas guerras: além das armas autônomas, que reconhecem determinadas pessoas e objetos a partir de softwares e agem sem intervenção humana, outros usos da tecnologia para o aparato militar são ataques cibernéticos e espionagem –por meio de satélites equipados com IA.

Mais sobre a tecnologia

A peça publicitária da Volkswagen para comemorar os 70 anos da montadora no Brasil, além de anunciar a nova versão da Kombi, gerou comoção nas redes sociais por incluir, por meio da IA, a filha Maria Rita em um dueto com a mãe Elis Regina, morta em 1982.

Como foi feito? A técnica usada foi a do deepfake, que usa a IA para alterar o rosto e a voz de uma pessoa em vídeo, de forma extremamente realista.

  • Nesse caso, uma atriz se passou pela cantora e teve seu rosto alterado pela tecnologia, que foi treinada especificamente para reconhecimento facial de Elis Regina.

O sonho grande da vietnamita VinFast

O engenheiro brasileiro de 35 anos Luis Gustavo Lemes Pereira está na linha de frente de uma das apostas mais ousadas do setor automotivo: tornar uma montadora fundada no Vietnã há seis anos em uma rival da Tesla na produção de veículos elétricos nos EUA.

De acordo com o Financial Times, a VinFast começou a focar nos carros sem emissão só no ano passado, depois de ficar três anos produzindo modelos a gasolina.

Mesmo assim, a montadora apoiada pelo governo vietnamita diz ser capaz de produzir 250 mil veículos por ano e apresentou planos para um IPO de US$ 23 bilhões na Bolsa de Nova York.

Sim, mas… A imagem da VinFast sofreu arranhões assim que uma primeira remessa de 999 carros chegou aos EUA, em dezembro passado.

Em maio, os primeiros carros enviados foram recolhidos depois que a agência reguladora do setor no país alertou que um erro de software no visor do painel impedia a exibição de informações críticas de segurança e "podia aumentar o risco de acidente".

  • A revista especializada Car & Driver disse que o carro-chefe da VinFast, modelo VF 8, "prova que construir carros é difícil".

Os planos da oferta em Bolsa também tiveram que ser revistos, no que a companhia culpou as condições do mercado.

  • Agora, a montadora irá ser listada na Bolsa em uma SPAC (empresa de cheque em branco, entenda aqui), com um aporte de US$ 2,5 bilhões de seu fundador.
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