BlackRock investe em brasileira de energia solar, home office desigual e o que importa no mercado

Leia edição da newsletter FolhaMercado desta sexta-feira (27)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta sexta-feira (27). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:


BlackRock investe em solar brasileira

A BlackRock anunciou nesta quinta a compra de quase 50% da Brasol, brasileira de geração de energia solar.

  • O investimento foi feito pelo Climate Finance Partnership (CFP), fundo da gestora para energia renovável, e não teve valores divulgados.

A estratégia: o CFP faz sua estreia na América Latina ao se associar a uma das maiores fornecedoras de geração de energia solar para o comércio e a indústria por meio da geração distribuída –usinas instaladas em residências, empresas e fazendas.

  • A partir de um investimento da Siemens, feito em 2020, a Brasol expandiu seu portfólio para projetos de eficiência energética e redes de carregamento para veículos elétricos.
  • Com o aporte da BlackRock, a companhia quer dobrar sua capacidade de geração – de 100 MW (megawatts) para 200 MW – e também o número de projetos em andamento.

Quem é quem:

Brasol:
fundada em 2017, é uma empresa de "energia como serviço", ou seja, em que os clientes compram o serviço sem precisar investir na infraestrutura. Está em quase todos os estados do Brasil e em 14 países.

BlackRock: é a maior gestora do mundo, com quase US$ 10 trilhões em ativos. Foi uma das primeiras grandes do mercado a se voltar para investimentos para transição energética.


Quem é contra o home office?

Por que empregadores não gostam do home office?

Porque os funcionários "não trabalham tão duro" em casa como no escritório, afirma Steve Schwarzman, CEO da empresa de investimentos Blackstone.

A opinião do executivo não é rara entre os patrões e ilustra a disputa entre chefes e trabalhadores pelo retorno ao trabalho presencial após a pandemia.

Entenda: a queixa maior dos empregadores está na produtividade, e estudos feitos até agora não são unânimes acerca da melhora ou piora do desempenho de quem trabalha apenas de casa.

Já os trabalhadores percebem que o home office pode ajudar no sono, na economia de tempo –sem o trânsito– e de dinheiro –sem precisar almoçar fora. O mercado de trabalho apertado pesa a favor deles na equação.

A solução recomendada pelos especialistas está no modelo híbrido. Nessa modalidade, as pesquisas apontam que a produtividade é igual –se não melhor– do que no presencial.



Sim, mas…O conflito em torno do home office passa longe da realidade da grande maioria dos brasileiros, conforme mostra um levantamento do IBGE divulgado na quarta (25).

No quarto trimestre de 2022, 7,4 milhões de pessoas haviam aderido a essa modalidade no país, seja de forma habitual, seja ocasional. Isso representa 7,7% da população ocupada que não estava afastada das suas funções à época.

A desigualdade é escancarada:

  • 23,5% dos que tinham ensino superior realizaram teletrabalho, contra 4,8% com ensino médio, 1,3% com fundamental completo e 0,6% com fundamental incompleto ou sem instrução.
  • 11% entre o total de brancos tiveram home office, bem mais do que a parcela do total de pretos (5,2%) e de pardos (4,8%).
  • No recorte de gênero, foram 8,7% das mulheres e 6,8% dos homens.


Para assistir

Na onda de "Air" e "Tetris", chegou às telonas brasileiras mais um filme sobre um produto que criou uma legião de fãs –nesse caso, executivos que sonhavam em poder enviar emails longe dos escritórios.

"BlackBerry" é o que tem menor orçamento entre eles: foram US$ 5 milhões, contra US$ 90 milhões do filme sobre o tênis de Michael Jordan e US$ 80 milhões da história do famoso jogo dos anos 1980.

O filme que trata a ascensão e queda da canadense Research in Motion, fabricante do celular, compensa a diferença financeira com uma pegada cômica e agilidade das câmeras e dos diálogos.

O humor aparece principalmente na relação entre Mike Lazaridis (Jay Baruchel), o nerd que criou o BlackBerry, e Jim Balsillie (Glenn Howerton), o ex-executivo de um banco de investimentos que compra parte relevante da empresa por US$ 125 mil e já se torna co-CEO.

Os dois precisam um do outro: Lazaridis não sabe vender seu produto, enquanto Balsillie precisa do colega para convencer executivos de telefonia sobre a tecnologia que eles têm em mãos.

O filme mostra como a chegada do iPhone, em 2007, foi certamente um baque para a Research in Motion, mas que apenas isso não basta para explicar a derrocada da empresa.

Crítica: "Blackberry" lembra uma mistura das séries "The Office" e "Freaks and Geeks" com o filme "A Grande Aposta", escreve o repórter Pedro S. Teixeira.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.