Autoridades da Califórnia ordenaram nesta terça-feira (25) que a Cruise, uma subsidiária da General Motors, interrompesse seu serviço de táxi sem motorista em San Francisco após uma série de acidentes de trânsito.
A decisão do equivalente ao Detran do estado americano (DMV) dá sequência a três meses turbulentos para a Cruise. Em um dos acidentes, ocorrido neste mês, um carro da empresa arrastou um pedestre por 6 metros após uma colisão.
No início de agosto, apesar das objeções das autoridades de San Francisco, os reguladores estaduais permitiram que a empresa expandisse seu serviço na cidade. Mas pouco mais de uma semana depois, o DMV ordenou que a Cruise reduzisse sua frota na cidade pela metade.
Em 2 de outubro, um pedestre foi atingido por um carro convencional e, em seguida, por um da Cruise, e ficou preso sob o veículo autônomo. O carro arrastou o pedestre até conseguir parar.
A Cruise afirmou que seu carro havia "freado agressivamente" e culpou o motorista humano pelo incidente.
Em uma reunião inicial com a Cruise após o acidente, o DMV disse que a empresa mostrou imagens das câmeras do carro que mostram o autônomo parando completamente após atingir o pedestre.
Funcionários do DMV descobriram posteriormente por meio de "discussão com outra agência governamental" que o pedestre também havia sido arrastado, de acordo com uma ordem de suspensão enviada à Cruise.
Em comunicado, a Cruise disse que havia mostrado à agência "o vídeo completo várias vezes".
A suspensão é um grande revés para a Cruise, que começou a testar seus carros autônomos em San Francisco há vários anos e introduziu um serviço limitado de táxi sem motorista na cidade no ano passado.
Em uma postagem no X, ex-Twitter, a Cruise disse que vai pausar suas operações sem motorista em San Francisco e está trabalhando em melhorias na tecnologia dos carros.
A empresa ainda pode testar seus carros autônomos na Califórnia, mas eles devem ter motoristas de segurança que possam assumir em caso de emergência.
Os carros da Cruise têm recebido críticas consideráveis de autoridades locais de segurança, que reclamaram que eles estavam se tornando um incômodo, atrapalhando o combate a incêndios e outras situações de emergência.
Essas reclamações se tornaram mais intensas nos últimos meses, à medida que os veículos da Cruise se envolveram em vários incidentes de grande repercussão.
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